Ninkasi, a Deusa da Cerveja

Ninkasi é a antiga deusa sumeriana da cerveja, que transformou uma mistura de água e cevada em um líquido dourado, conhecido hoje como cerveja.

Era uma deusa muito popular que fornecia cerveja aos deuses. Ela era considerada a própria personificação da cerveja.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Food Truck: restaurantes sobre rodas invadem Belo Horizonte


Os food trucks, verdadeiros restaurantes sobre rodas, vêm ganhando espaço nas ruas de Belo Horizonte. Porções generosas são preparadas nesses veículos completamente equipados, versões turbinadas dos tradicionais carrinhos de cachorro-quente. Quem já se rendeu à comida de rua ou ainda não a experimentou, pode se esbaldar em diferentes regiões da cidade, em praças e pontos estratégicos dos bairros ou nos eventos, cada vez mais frequentes. 

Os festivais de comida de rua, como o Even Day Food Truck, que aconteceu na Gameleira, no último domingo, já são tradicionais na capital. A feirinha teve opções para todos os gostos, como carnes, massas, tapioca, comida japonesa, hambúrgueres, coxinha, kebabs, brigadeiro, vinhos e cervejas. Os preços dos pratos variaram de R$ 2 a R$ 30 reais. Trucks como Crepioca, Só Coxinhas, Dip’s Burger e Cadê Meu Brigadeiro levaram suas delícias para o público que passou por lá.

“O festival foi uma opção muito agradável para as famílias, teve atrações especiais para as crianças, como área de piquenique e brinquedos infláveis. A estrutura do evento foi diferenciada, com mais de 30 pés de jabuticabas que davam conforto para um lindo dia de sol”, conta Débora Gontijo, chef e proprietária do Crepioca.

E o belo-horizontino aprovou a tendência. Segundo os empresários, os cerca de 20 trucks que existem em BH precisam se revezar entre os bairros Alípio de Melo, Castelo, Betânia, Gutierrez, Jaraguá, Cidade Nova e Ipiranga porque não há espaço para tanta gente em uma praça só. O Castelo, por exemplo, ponto mais movimentado, chega a receber até 3 mil pessoas em um único dia.

“O pessoal está gostando bastante, temos tido muito movimento em praças que já são famosas como o Castelo. Lá, tivemos que dividir o grupo, o ponto não comporta o público dos 20 trucks juntos. Já estamos recebendo convites para outras praças”, diz Felipe Correa, proprietário e chef do Dip’s Fine Burger.

“O público vem recebendo todo o movimento de braços abertos. Estão receptivos a novos produtos, novos conceitos e para uma comida de rua gostosa e informal. Praças que antes eram mal frequentadas ou estavam abandonadas hoje ganham vida em nossos encontros”, completou Débora.



De vinhos a brigadeiro, quase todo tipo de iguaria tem lugar em um food truck. Aqui, o Even Day Food Truck reuniu dezenas de carrinhos no bairro Gameleira (Foto: Frederico Haikal/Hoje em Dia)

Atividade ainda não tem regulamentação

Em Belo Horizonte, os food trucks ainda esbarram na legislação, já que a atividade ainda não possui regulamentação para funcionar em pontos públicos. Há cerca de um mês, foi criada a Associação Municipal de Food Trucks (Amuft-BH). O objetivo dos empresários é se organizar melhor e conseguir a aprovação de um projeto de lei na Câmara Municipal que viabiliza os restaurantes móveis na capital.

O Código de Posturas do município já regula algumas possibilidades para o comércio de alimentos em vias públicas. O projeto de lei pretende ampliar as possibilidades, incluindo food trucks com mais mil quilos, 6,30 metros de altura e 2,20 metros de largura – tamanho de um verdadeiro truck. No projeto de lei 1292/14, foi proposta a criação de uma seção específica para a atividade e alterações em algumas regras que já existem no Código de Posturas de BH.

“Estamos mandando novas emendas ao projeto para os gabinetes dos vereadores, esperamos que sejam apreciadas rapidamente para viabilizar a regulamentação dos trucks”, afirma Felipe Correa, do Dip’s Burger, que também é presidente da Amuft-BH. Débora Gontijo, do Crepioca, acredita que a criação da associação é o primeiro passo para a mudança na legislação. “A associação é uma força para que o processo acelere”, disse.

Para os empresários, as principais diferenças entre os ambulantes e os food trucks são os cuidados com higienização e o cardápio gourmet preparado por chefs. “Os ingredientes levados as ruas são mais elaborados. Além disso, fazemos cursos de manipulação de alimentos, reaproveitamento de alimentos, gestão financeira e gestão de marketing. As pessoas que hoje investem no setor são capacitadas ou estão em busca dessa capacitação”, destacou Débora.

Comida de rua ganha corpo

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-MG) já reconhece os food trucks como parte do setor que representam em Belo Horizonte, o da alimentação fora do lar. A associação busca soluções para alinhar os interesses dos donos de pontos de venda móveis e fixos. 

O diretor executivo da Abrasel-MG, Lucas Pêgo, diz que a associação é a favor de regras iguais para todos. Segundo ele, a comida de rua, que é uma tendência mundial, está tomando proporções “gigantescas” em BH e precisa ser regulamentada para que o setor não entre em colapso. “Já que o bar e o restaurante são obrigados a emitir nota fiscal, assim como cumprir leis sanitárias e outras, é natural que o food truck também tenha que seguir as mesmas regras. Desta forma, todos podem coexistir no mercado.”

“Estamos em constante diálogo com os donos de food trucks, buscando exemplos de outros estados e países com relação à legislação vigente para aplicar aqui”, completou Lucas.

O cuidado tomado na preparação dos alimentos dentro dos food trucks pode virar exemplo para ambulantes na capital e em todo o Estado. Para o diretor da Abrasel-MG, é uma oportunidade de profissionalizar a comunidade de rua. “Antigamente, víamos muito mais, mas até hoje encontramos carros de lanches com muita pouca estrutura para oferecer alimento seguro, na temperatura necessária e com o armazenamento e descarte devidos, com tudo o que uma loja consegue e é obrigada a entregar para o seu cliente”, disse.

Fonte: Hoje em dia

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