Bud Light troca campanha após polêmica sobre incentivo a estupro

Mensagem no rótulo da cerveja falava em tirar o ‘não’ do vocabulário.
Caso nos EUA lembra polêmica mensagem da Skol durante o carnaval.

Mensagem no rótulo da Bud Light foi interpretada como incentivo ao estupro. (Foto: Reprodução/Twitter)

Após ser alvo protestos de consumidores nos Estados Unidos, a marca de cerveja Bud Light, do grupo AB Inbev, decidiu trocar a campanha que estampou mensagens nos rótulos que foi vista como um incentivo à "cultura do estupro".

O caso lembra a polêmica no Brasil durante o carnaval envolvendo a Skol, marca que também pertence à gigante belgo-brasileira de cervejas.

A Bud Light passou a estampar em seus rótulos mensagens diferentes para incentivar a diversão dos consumidores. Entre os slogans, um dizia, na tradução livre: "A cerveja perfeita para você tirar o ‘não’ do seu vocabulário nesta noite".

A polêmica aconteceu num momento em que são promovidas nos Estados Unidos, principalmente nas universidades, uma série de campanhas que buscam desencorajar a agressão sexual, incluindo a campanha de alcance nacional "No Means No".

Em comunicado assinado pelo pelo vice-presidente da empresa, Alexander Lambrecht, a marca pediu desculpas aos consumidores e anunciou que deixará de imprimir a mensagem em seus rótulos.

"Criamos mais de 140 mensagens diferentes destinadas a incentivar a diversão espontânea. É claro que esta mensagem específica errou o alvo, e pedimos desculpas. Nunca iremos perdoar qualquer comportamento desrespeitoso e irresponsável. Não significa não", afirmou a empresa.

Polêmica semelhante no Brasil

Em fevereiro, a Ambev decidiu trocar os cartazes da campanha "Viva Redondo", da marca Skol, após receber críticas das redes sociais. Internautas reclamaram após a divulgação da foto de um cartaz com a mensagem "deixei o não em casa" por uma usuária do Facebook.

Com a repercussão negativa, a marca decidiu substituir as frases da campanha.

Internauta divulgou protesto contra campanha da Skol, acusando a marca de apologia ao estupro. (Foto: Reprodução/Facebook)

Fonte: G1