Ninkasi, a Deusa da Cerveja

Ninkasi é a antiga deusa sumeriana da cerveja, que transformou uma mistura de água e cevada em um líquido dourado, conhecido hoje como cerveja.

Era uma deusa muito popular que fornecia cerveja aos deuses. Ela era considerada a própria personificação da cerveja.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Feira de cervejas artesanais atrai público cativo

Evento que acontece sempre no segundo sábado de cada mês em Nova Lima, contou com cervejas especias produzidas por mestres cervejeiros mineiro em um verdadeiro culto ao lúpulo, ao malte e aos fortes sabores; público chegou a aproximadamente 4.000 pessoas



Por João Paulo Costa

Um blues ouvido ao fundo. Uma tarde de sol, cervejas de vários tipos, pratos gourmet e como cenário uma bela praça para toda a família. Ingredientes não faltaram para os quase 4.000 degustadores de cervejas que marcaram presença na tarde deste sábado (11) na “Experimente – Feira de Cervejas Artesanais”, na praça Quatro Elementos, no bairro Jardim Canadá, em Nova Lima.

A quinta edição do evento – que acontece sempre no segundo sábado de cada mês - contou com cervejas especias produzidas pelos mestres cervejeiros mineiros, e foi um verdadeiro culto ao lúpulo, ao malte e aos fortes sabores. O público presente pôde degustar os principais rótulos de 18 cervejarias artesanais, além de apreciar sedutores pratos de casas gastronômicas da capital e região metropolitana.

De acordo com o idealizador e organizador do evento, Bruno Lins, a feira visa evidenciar a qualidade das cervejas artesanais produzidas no Estado. “Minas é um grande produtor não só no Brasil. Dos 120 estilos de cerveja existentes no mundo, 55 são produzidos aqui. Pensando nisso, criamos a Experimente que, na verdade, pretende agregar duas coisas muito mineiras: o gosto pela cerveja e pelas feirinhas. Que mineiro que não gosta de uma boa cerveja e de uma feirinha? A ideia foi criar um espaço familiar, onde quem gosta de cerveja pode curtir atrativos sabores e, de quebra, beliscar pratos muito especiais”, disse Lins.

Segundo ele, a feira reuniu consagradas cervejarias como Walls, Krug Bier, Baker e Colorado e, ainda, abriu espaço para mestres cervejeiros que chegam a produzir menos de 2.000 litros por mês, como é o caso de Gustavo Guimarães, conhecido como Koala, dono da cervejaria Koala Sans.

“Começamos a produzir há quatro anos em uma pequena fábrica e estamos caminhando. Não é tarefa das mais fáceis pelas dificuldades de financiamentos de implantação do maquinário e das demandas de produção. Realmente, é muita luta. Mas há muita paixão, também. O que nos deixa felizes é ver a receptividade das pessoas, que cada vez mais se interessam por novos sabores, buscam cervejas mais fortes com características diferentes das convencionais e, sobretudo, ficam curiosas pelos processos especiais de produção dos tipos da bebida ”, conta Koala.

Já a sommelier de cervejas e membro da confraria de cerveja Cheers, Juliana Moronari, se mostrou empolgada com o grande número de pessoas na feira. “A cada edição da feira percebo um público muito receptivo, exigente e cada vez maior. E o melhor: nossa capital, hoje, é considerada a Bélgica brasileira, pela quantidade das cervejas de qualidade produzidas e pelo desenvolvimento do setor. Temos cervejas produzidas que não são encontradas em nenhuma parte e o belo-horizontino, em especial, está mais aberto para novos tipos”, avalia.

Ainda de acordo com ela, a iniciativa da feira mostra a relevância de mais ambientes para o nicho das cervejarias artesanais mineiras. “Até agora todas as edições receberam um público enorme e abertura de espaços como este só nos faz acreditar que há mercado, há demandas e há procura”, conclui.

Paixão pela bebida

A administradora Graziele Costa Sarreiro, que faz parte da Confraria Feminina de Cerveja (Confece) - primeira confraria feminina de apreciadoras de cerveja fundada no Brasil -, é outra que acredita em uma mudança de cultura de quem exerce a arte de “cervejar”.

“Antes só víamos esse tipo de evento fora do país. E, de algum tempo para cá, o movimento do pessoal que fomenta a cultura de cervejas especiais aumentou muito. Brincamos que temos a Bélgica aqui, mas há um fundo de verdade nisso: cada vez mais cervejarias e microcervejarias locais nos surpreendem com suas criações, e a gente vai aprendendo a apurar o paladar”, disse.

Já a sua confrade, a farmacêutica bioquímica, Ingrid Paulsen, vai mais além e fala em uma grande expansão do nicho. “A criatividade do mineiro é incrível e não foge à regra quando o assunto é produzir cervejas. Acredito que, em breve, teremos um tour cervejeiro muito especial em Minas. Um tour que pode receber não só brasileiros, mas também gente de fora, que já começa a nos visitar interessados em nossas cervejas e no modo como as produzimos”, opina.

Outro entusiasmado com a feira e com os desdobramentos do crescimento do setor é o jornalista Tiago Bernardo Pinheiro Pinto. “Participei de todas as edições até agora e fui atraído por ser um amante de sabores diversos. Esse tipo de evento reúne tudo isso: desde cervejas com sabores exóticos até comidas diferentes, que harmonizam com as bebidas. Isso tudo aliado à boa música é garantia de que as pessoas voltem, o evento se consolide e seja reverência”, avalia.

Números

De acordo com o Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral de Minas Gerais (Sindbebidas), o Estado ocupa o segundo lugar em produção de cervejas artesanais do país, com 25 fábricas. Atualmente, são produzidos 800 mil de litros produzidos ao mês.

Fonte: O Tempo

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