Ninkasi, a Deusa da Cerveja

Ninkasi é a antiga deusa sumeriana da cerveja, que transformou uma mistura de água e cevada em um líquido dourado, conhecido hoje como cerveja.

Era uma deusa muito popular que fornecia cerveja aos deuses. Ela era considerada a própria personificação da cerveja.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

American IPA é a novidade da Baden Baden

Nova cerveja da Baden Baden é uma IPA com maracujá (Foto: Divulgação/Baden Baden)

Nova cerveja foi apresentada no Butantan Food Park, em São Paulo

Depois de criar um clima de suspense, a Baden Baden anunciou nesta noite de terça-feira a sua mais nova cerveja: uma American India Pale Ale (IPA). É uma IPA com maracujá, apresentada pela cervejaria de Campos do Jordão (SP) no Butantan Food Park, em São Paulo. 

A Baden Baden American IPA apresenta aroma intenso de maracujá, proveniente dos lúpulos e da adição do suco da fruta por meio da técnica de Dip Hop, desenvolvida pela Kirin do Japão. Coloração acobreada e amargor potente, porém equilibrado graças ao sabor cítrico e ao teor alcoólico elevado. Harmoniza com hambúrguer, comida mexicana, tacos, burritos e picanha grelhada.

O novo produto foi apresentado por Leonardo Gayer, gerente de marketing de cervejas especiais da Brasil Kirin, grupo do qual faz parte a Baden Baden. Para conhecer mais sobre a cervejaria, leia reportagem especial, ao clicar aqui.

A presença de maracujá em uma IPA não chega a ser novidade no cenário cervejeiro nacional, que já tem a MaracujIPA, da carioca 2Cabeças.

Fonte: Revista Beer Art

Jamie Oliver mostra seu amor por Cervejas


Você sabia que Jamie Oliver, o chef de cozinha e apresentador mais natureba do Reino Unido, também é um apaixonado por cervejas? Pois é, já tínhamos até reparado que ele recebe alguns convidados em seu programa com uma gelada, mas nem imaginávamos que o cara tem um canal no Youtube! Entre as receitas de drinks que ele ensina, tem até uma playlist dedicada à nossa bebida favorita: a cerveja.

Jamie chamou alguns amigos, organizou e publicou diversos vídeos falando de cervejas, seus estilos, drinks e uso da bebida no preparo de alimentos. Eles mostram como a cerveja é versátil ao usá-la na Michelada, o drink mexicano que mistura cerveja, limão e sal, e ressaltam cinco estilos de cerveja que você precisa conhecer, entre outras abordagens interessantes. Uma das receitas que gostamos foi esta de frango defumado, usando aromas da cerveja.

Se você gostou da dica, veja o canal completo aqui.

Fonte: Sociedade da Cerveja

Leffe Vieille Cuvée - Degustação nº 220


É uma cerveja para ser bebida como opção à um vinho complexo, harmonizada com pratos complexos e sofisticados.

Cervejaria: Abbaye de Leffe
Origem: Bélgica
ABV(%): 8,2
Estilo: Belgian Dark Strong Ale
Embalagem: Garrafa de 330 ml

É uma cerveja de coloração cobre, com corpo translúcido. Sua espuma de cor bege apresentou ótima formação, cremosa, fofa e de longa duração, formando um excelente belgian lace.

No nariz malte remetendo a caramelo e tostado. Aroma frutado, sendo percebida a presença de banana, frutas brancas, cravo e especiarias. O lúpulo surge leve e cítrico. Mesmo com os 8,2 % ABV, a percepção do álcool não agride ao aproximar o copo do nariz. O sabor é adocicado e o malte remete caramelo. O lúpulo continua leve. Presença de ésteres frutados.

O aftertaste é duradouro e adocicado. Cerveja com bom corpo, carbonatação ideal. Não é uma cerveja com alto drinkability, mas ótima para degustar. Além disso, a percepção alcoólica é oportuna para o estilo. Muito boa cerveja! Uma das melhores da Leffe.

Santeie peye!
Luiz Araújo

Brooklyn Brown Ale - Degustação nº 219

 Cerveja Brooklyn Brown Ale

A Cervejaria Brooklyn, localizada no bairro de mesmo nome em Nova York, é uma das mais emblemáticas dos EUA e tem como mestre cervejeiro o renomado Garrett Oliver. A cervejaria possui um vasto portfolio que inclui estilos tradicionais, mas sempre com o acabamento singular de Garrett.

Cervejaria: Brooklyn
País: EUA
ABV(%): 5,6
Estilo: American Brown Ale
Embalagem: Garrafa de 355 ml

É uma cerveja de coloração marrom escuro, quase opaca, com tons em rubi quando colocados contra a luz. Sua espuma de cor bege apresentou média formação, sendo de longa duração, com uma boa transição de renda no copo. 

No aroma, o malte remete a caramelo, toffe, café e tostado, sendo de forma média. Leve presença de lúpulo. Álcool suave ao aproximar o copo do nariz. O sabor acompanha o aroma. Ao degustá-la sente-se o amargo da torrefação do malte. 

O aftertaste é duradouro e amargo. Apresentou corpo leve e carbonatação média. Sem adstringência. Bom drinkability! A percepção alcoólica é oportuna. 

Cheers!
Luiz Araújo

Saison d'Alliance - Degustação nº 218

 

A cerveja Saison d'Alliance foi lançada no Festival Brasileiro da Cerveja e é a primeira receita da parceria entre a Cervejaria Bohemia e Wäls. Seu sabor refrescante é resultado da adição de hortelã, sálvia e gengibre, que também concedem um aroma primoroso de especiarias. É uma cerveja refermentada com levedura de Valônia, a mesma usada nas cervejas Leffe.

Cervejaria: Wälls/Bohemia
Origem: Brasil
ABV(%): 5,8
Estilo: Saison
Embalagem: Garrafa de 375 ml

É uma cerveja de coloração amarela, borbulhante e corpo levemente turvo. Sua espuma de cor branca apresentou ótima formação e boa persistência, com uma justa transição de renda no copo.

No aroma leve presença de cereais e lúpulo. Presença de hortelã e gengibre em destaque. Álcool leve ao aproximar o copo do nariz. O sabor apresenta acidez, é levemente frisante. O lúpulo é muito leve e terroso.

O final é duradouro, indo do adocicado a leve amargor e seco. Corpo leve e carbonatação ideal conferem ótimo drinkability a esta cerveja. Percepção alcoólica oportuna. Uma combinação inusitada. Refrescante e boa para dias quentes. Boa para experimentar e também matar a curiosidade.

Saúde!
Luiz Araújo

Eisenbahn 5 anos - Degustação nº 217


A Eisenbahn 5 foi criada para comemorar os 5 anos da cervejaria. É produzida com a técnica de dry hopping, ou seja, leva uma segunda adição de lúpulos aromáticos durante a maturação. Com isso, o aroma de lúpulo fica bem mais intenso e o adocicado do malte é agradavelmente equilibrado. 

Cervejaria: Eisenbahn (Sudbrack)
Origem: Blumenau-SC (Brasil)
ABV(%): 6
Estilo: Vienna Lager
Embalagem: Garrafa de 355 ml

É uma cerveja de coloração cobre, com corpo translúcido. Seu creme de cor bege apresentou ótima formação com boa persistência e excelente transição de renda no copo. 

No aroma intenso, o malte remete a caramelo, pão e tostado. O lúpulo está presente de forma média, sendo bastante cítrico. Álcool leve ao aproximar o copo do nariz. O sabor acompanha o aroma, com presença de lúpulos cítricos e ésteres frutados. Bom equilíbrio entre malte e lúpulo. 

O retrogosto é duradouro e amargo. Corpo médio e carbonatação idem conferem bom drinkability a esta cerveja. A percepção alcoólica é oportuna. Sem dúvida uma das melhores cervejas da Eisenbahn. Boa dose de malte e amargor na medida! Bem equilibrada. Uma ótima cerveja!

Saúde!
Luiz Araújo

Barrel Trolley Amber Ale - Degustação nº 216


Esta Amber Ale exibe um caráter de malte suave elevado por um aroma cítrico sutil. Prêmio: 86 pontos pelo Beverage Testing Institute.

Cervejaria: World Brews
País: Califórnia (EUA)
ABV(%): 5,5
Estilo: American Amber Ale
Embalagem: Garrafa de 355 ml

É uma cerveja de coloração âmbar e corpo claro. Sua espuma de cor marrom claro apresentou média formação, boa persistência, com uma justa transição de renda no copo. 

No aroma médio, o malte remete a caramelo, biscoito, mel e tostado. Aroma de frutado (maça ou pera). A presença de lúpulo é leve. Presença de álcool leve ao aproximar o copo do nariz. O sabor acompanha o aroma, com presença de ésteres frutados. Cerveja com leve amargor proveniente da tosta do malte.  

O final é duradouro e adocicado. Apresentou leve corpo e média carbonatação. A cerveja tem bom drinkability. A percepção alcoólica é oportuna.

Enjoy!
Luiz Araújo

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Cervejeiros caseiros ganham oportunidade de avaliação

Com a Avaliação Técnica de Cervejas Caseiras, a Lamas Brew Shop tenta reduzir a angústia do homebrewer, especialmente o iniciante (Foto: Divulgação) 

Projeto da Lamas Brew Shop, de Campinas/SP, recebe amostras para análise técnica


Para amenizar a angústia do cervejeiro caseiro, a Lamas Brew Shop − fornecedora de material e suporte para a produção de cerveja caseira − lançou o projeto de Avaliação Técnica. Os interessados devem enviar uma amostra da cerveja em duas garrafas (de no mínimo 500ml e no máximo 1L cada) para o endereço central da Lamas Brew Shop (ver ao pé deste texto). Porém, só poderão participar da avaliação os clientes da loja virtual (ecommerce).

Alessandro Morais, diretor da Lamas Brew Shop, explica:

“Sabemos que o começo gera inseguranças em relação ao sabor, coloração, corpo, aroma e as diferentes fases da produção. Geralmente os cervejeiros caseiros não têm como tirar suas dúvidas e saber se estão indo pelo caminho certo. Então, nós resolvemos criar essa avaliação e auxiliar da melhor maneira os produtores de cerveja iniciantes. Analisamos o conteúdo e encaminhamos sugestões para que o processo seja aprimorado, pois sabemos que todos querem fazer uma cerveja de qualidade.”

Os profissionais Lamas analisarão as amostras dentro do rigor imposto pelo Beer Judge Certification Program (BJCP) e atribuirão uma nota de 0 a 50 pontos para cerveja, seguindo o mesmo processo pelo qual passam participantes de um campeonato. O tempo para envio da avaliação é de, em média, 30 dias após o recebimento das cervejas. Os cervejeiros receberão um email com a ficha de avaliação no formato BJCP.

Serviço

Local de entrega da cerveja caseira:
Rua Dona Luisa de Gusmão, 527, Taquaral/Campinas (SP), CEP 13088-028
Mais informações: www.lamasbrewshop.com.br

Fonte: Revista Beer Art

Estão abertas as inscrições para a Copa Cervezas de America

A “Libertadores da cerveja” já tem data e local para ocorrer: durante a Semana Cervejeira do Chile, de 22 a 29 de agosto na cidade de Santiago.


A 4ª edição do evento cervejeiro já consagrado como o maior da América Latina, que este ano acontece no Campus Providencia da Universidade de Las Américas, está com inscrições abertas para o concurso que elege as melhores cervejarias cervejas comercializadas no continente.

A competição, que este ano é co-organizada pela Maltaria Weyermann®, espera uma participação ainda maior que a da última edição, onde foram inscritos mais de 500 rótulos, provenientes de mais de 15 países da América.

E é no concurso que consiste uma das boas-novas para 2015: serão aceitas mais de 800 amostras, avaliadas por um corpo de jurados formado por grandes nomes da cena mundial, como Gordon Strong, presidente do Beer Judge Certification Program (BJCP), e Jaime Ojeda, mestre-cervejeiro e diretor do portal Conespuma.com. A avaliação das cervejas, aliás, será aprimorada com uma mudança na tecnologia para registrar as avaliações e notas de degustação de cada juíz.

Outra novidade está na parceria feita com a Húsares Cerveceros A.G., organização sem fins lucrativos que tem como objetivo promover, proteger, difundir e prestigiar a cerveja artesanal chilena. E ainda, a Conferência de Cervejeiros, que nesta edição terá duas linhas temáticas: uma voltada a cervejeiros da América Latina, com foco na criação e desenvolvimento de sabores e aromas da bebida; e uma voltada a entusiastas, homebrewers e restaurantes, que abordará a versatilidade da cerveja, seus estilos e processos de fabricação. Durante as atividades serão realizados degustações, sorteios, treinamentos e debates.


Em 2014, o concurso premiou com 17 medalhas de ouro, 30 de prata e 47 de bronze. Dentre os melhores, o Brasil se destacou como o grande campeão, emplacando com a melhor cerveja da competição — a Saison de Caju, da Tupiniquim (RS). O país também teve representantes entre os cinco melhores de cada categoria uma das 15 categorias, totalizando 30 medalhas: 6 ouros, 6 pratas e 18 bronzes.

As inscrições para o Copa Cervezas de America estarão abertas até o preenchimento das 800 vagas e podem ser feitas através do site do evento, clicando aqui.

Fonte: Revista da Cerveja

Receita do Dia: Rolinhos de carne e legumes com um toque de cerveja


Ingredientes
- 500 g de coxão mole cortado em bifes 
- 1 colher e meia (chá) de sal 
- 1 cenoura média cortada em tiras 
- meio pimentão verde médio cortado em tiras 
- meio pimentão vermelho médio cortado em tiras 
- 1 colher (sopa) de óleo 
- 1 dente de alho amassado 
- 1 cebola média cortada em rodelas 
- 1 xícara (chá) de cerveja preta 
- 1 xícara e meia (chá) de água 
- 1 xícara (chá) de maionese Hellmann's 
- 1 colher (sopa) de salsinha picada 

*Para prender: 
Palitos de madeira

Modo de preparo
Em uma tigela coloque os bifes e tempere com 1 colher (chá) de sal. 

Coloque no centro de cada bife tiras de cenoura, tiras dos pimentões e prenda com os palitos. Em uma panela de pressão aqueça o óleo em fogo médio e frite os rolinhos de carne por 5 minutos ou até dourar. Junte o alho, a cebola e frite mais um pouco. Adicione a cerveja, a água e o restante do sal. 

Tampe a panela e cozinhe por 30 minutos, contados a partir do início da pressão. Apague o fogo, aguarde sair todo o vapor e verifique o cozimento. Se necessário, cozinhe por mais 5 minutos ou até ficar macio. Reduza o líquido do cozimento até formar 1 xícara (chá) de caldo. Acrescente a maionese Hellmann's, a salsinha e misture até ficar homogêneo. Sirva a seguir.

Fonte da receita: Hellmann's

Copenhagen Beer Celebration se inicia no dia 1/5

Organizado pela dinamarquesa Mikkeller, o evento chega a quarta edição em 2015 (Foto: Divulgação)

Pelo terceiro ano consecutivo, a paranaense Way Beer representará o Brasil


Nos dias 1 e 2 de maio, o Copenhagen Beer Celebration reunirá na Dinamarca os amantes de cervejas especiais e alguns dos principais rótulos do mundo. Organizado pela Mikkeller, o evento chega a quarta edição em 2015.


Cerca de 50 cervejarias de diferentes países devem participar do Copenhagen Beer Celebration. Entre elas, a brasileira Way Beer, de Pinhais/PR , que estará presente pelo terceiro ano consecutivo no Festival.

O evento ocorre duarante a Semana da Cerveja Mikkeller (de 27/4 a 3/5) e está dividido em quatro sessões identificadas pelas cores: amarelo, azul, vermelho e verde. Duas na sexta (1) e duas no sábado (2). Cada cervejaria participa com oito rótulos de seu portfólio.

Serviço:
O que: Copenhagen Beer Celebration 2015
Quando: 1 e 2 de maio
Onde: Sparta Hallen Gunnar Nu HANSENS Plads 11, 2100 Copenhagen Ø.
Informações: na fanpage do Festival (acesse aqui)

Fonte: Revista Beer Art

Black Velvet: Que tal sair da tradicional cerveja gelada?


Para o próximo brinde, faça uma troca do espumante ou da cerveja tradicional por esse coquetel. Para isso, despeje o espumante em taças de champanhe, enchendo até a metade, cubra com uma quantidade igual de cerveja stout (gelada). Este coquetel é uma maneira divertida para enfeitar uma celebração.

O Black Velvet é um coquetel criado pelo barman do Clube Brooks, em Londres, no ano de 1861 como uma forma de lamento à morte do príncipe Albert, o príncipe consorte da Rainha Vitória.

É uma das boas opções para quem gosta de cerveja, quer variar um pouco e sair da tradicional cerveja gelada.

Segue os ingredientes e a receita.

Vinho espumante gelado
Cerveja stout gelada (Ex: Guinness Stout )

Preparação

Despeje o espumante gelado em taças de champanhe – flute - enchendo até a metade. Cubra com uma quantidade igual de cerveja stout . Sirva imediatamente.

Dica: Substitua a stout por uma kriek ( cerveja de cereja)

Por Amanda Reitenbach

Divulgado os rótulos da Bohemia Bela Rosa, Jabutipa e Caã-Yari


Foi em 2014 que a Bohemia entrou pela porta da frente no mercado de cervejas artesanais com a Bohemia Reserva e logo depois com as novidades Bela Rosa, Jabutipa e Caã-Yari. Na ocasião, as três últimas foram apresentadas apenas no formato chope em alguns festivais e bares.


Hoje foi divulgada a arte dos rótulos nas garrafas de 600ml (foto acima). As garrafas da linha "Sabores do Brasil" devem chegar no final de abril nos pontos de venda.

O All Beers fez a degustação do trio acima durante o Mondial de La Bière 2014, no Rio de Janeiro. Veja o resultado a seguir: 



Bohemia JabutIPA
Uma IPA com Jabuticaba, cobre na coloração, espuma clara de boa formação e duração.
Amargor moderado que persiste no aftertaste. Refrescante, boa drinkability e final seco. Senti algo frutado no aroma, mas não posso afirmar que seja da jabuticaba.
Boa IPA!

Bohemia Bela Rosa
Uma witbier com Pimenta Rosa, que não apresenta a propriedade de ardência no paladar. Amarelada e turva no visual, corpo leve, aromas típicos de uma wit, com um pouco mais de especiarias, provavelmente da pimenta rosa.
Sem picância, muito refrescante e fácil de beber. Boa!

Bohemia Caã-Yari
Uma blond Ale com erva-mate. Dourada no visual e algo campestre no aroma.
Na boca ela tem mais destaque, especiarias e final levemente adocicado.
Boa drinkability!

Fonte: CluBeer

Orval - Degustação nº 215

 

 A cerveja Orval é fabricada dentro de um mosteiro trapista, na Abadia de Orval, Bélgica. Uma das atividades dos monges que vivem por lá é a fabricação de produtos destinados à venda para o sustento das abadias, sendo a cerveja o produto mais fabricado. Elaborada por padres trapistas da ordem dos Cistercienses, a Orval é a única cerveja fabricada pela Abadia de Orval. 

Sua história é antiga e parte de uma fonte ali existente. Apelidada de "Matilde", esta fonte segundo a lenda local, da origem ao nome "Orval" bem como ao símbolo do mosteiro caracterizado pela "carpa com a aliança na boca

Cervejaria: Brasserie d´Orval
Origem: Bélgica
ABV(%): 6,2
Estilo: Belgian Specialty Ale
Embalagem: Garrafa de 330 ml

É uma cerveja de coloração âmbar, com corpo turvo. Sua espuma cremosa de cor de bege apresentou ótima formação, sendo persistente, com uma excelente transição de renda no copo.

No nariz malte intenso remetendo a toffe. Presença de mel, especiarias e cravo. O lúpulo surge floral, perfumado e cítrico de forma média. Bem complexa! Álcool fequilibrado no conjunto. O sabor acompanha o aroma. Presença de ésteres frutados. Lúpulo médio, floral, cítrico e terroso. Acidez perceptível.  

O aftertaste é duradouro, amargo e seco. O corpo médio e carbonatação idem conferem médio drinkability a esta cerveja. A percepção alcoólica é oportuna. Muito complexa! Nunca havia experimentado uma trapist parecida com esta. Foi bem difícil de avaliar. Ótima cerveja!

Santeie peye!
Luiz Araújo

Baltika 4 Original - Degustação nº 214

 

A cerveja Baltika 4 Red é produzida com malte caramelo e malte de centeio, que confere um toque harmonioso de sabores de pão e aroma de caramelo. Medalha de Ouro no European Beer Star Awards 2008

Cervajaria: Baltika Brewery
Origem: Rússia
ABV(%): 5,6
Estilo: Dark American Lager
Embalagem: Garrafa de 500 ml

É uma cerveja de coloração cobre avermelhado e límpida. Sua espuma de cor bege apresentou média formação e persistência, com uma boa transição de renda no copo.

No aroma médio, o malte remete a caramelo, cereais, biscoito, toffe e leve tostado. O lúpulo está presente bem leve. Álcool leve ao aproximar o copo do nariz. No sabor o malte continua remetendo a caramelo, melaço e tostado, indo de um início doce a um levíssimo amargo. Cerveja bem maltada.

O aftertaste vai do doce ao leve amargor e é duradouro. Corpo médio, pequena rescência conferem bom drinkability a esta cerveja. A percepção alcoólica é oportuna. Uma boa descoberta!

Saúde!
Luiz Araújo



terça-feira, 28 de abril de 2015

Fuller's London Pride - Degustação nº 213


O estilo English Pale Ale forma a base da escola cervejeira inglesa e contempla cervejas de teor alcóolico moderado, com o amargor equilibrado com o dulçor. Historicamente remonta às primeiras cervejas lupuladas com a variedade autóctone inglesa Fuggles. Esta Special Bitter ou English Pale Ale possui outras três variedades clássicas inglesas, o Target, Challenger e Northdown.

Cervajaria: Griffin Brewery
Origem: Inglaterra
ABV(%): 4,7
Estilo: Special Bitter / English Pale Ale
Embalagem: Garrafa de 500 ml

É uma cerveja de coloração âmbar e cristalina. Sua espuma de cor bege apresentou média formação, sendo de rápida dissolução, com uma boa transição de renda no copo e ausência de partículas.

No aroma, o malte remete a caramelo, toffe e leve tostado, de forma média. O lúpulo herbáceo está presente bem leve. Álcool leve ao aproximar o copo do nariz. O sabor acompanha o aroma. Cerveja bem maltada. O lúpulo surge para dar leve amargor a cerveja e equilíbrio a mesma. Presença de ésteres frutados.

O aftertaste é seco, duradouro, com equilíbrio entre o dulçor e amargor. Corpo de leve a médio, pequena rescência conferem bom drinkability a esta cerveja. A percepção alcoólica é oportuna. Boa cerveja!

Enjoy!
Luiz Araújo 

Therezopolis Elfenbein - Degustação nº 212


A cerveja Therezópolis Elfenbein vem para substituir a cerveja St. Gallen Weiss 600ml, cuja percepção da degustação postei aqui no Blog em meados de 2014. A Sankt Gallen Weiss permanece agora somente em 750ml. 
É uma cerveja de trigo elaborada segundo o tradicional método da região sul da Alemanha, produzida com água mineral, puros maltes de trigo e cevada, lúpulo e levedura de alta fermentação.

Cervejaria: St. Gallen
País: Brasil
ABV(%): 5,2
Estilo: German Weizen
Embalagem: 600 ml

Cerveja de coloração dourada, levemente turva, com espuma branca de formação densa e de média persistência, com uma justa transição de renda no copo e presença de partículas em suspensão.

No nariz, intenso frutado (banana e frutas brancas) e especiarias. No sabor notas de banana e cravo, sendo este último em maior evidência, especialmente no retrogosto. Presença de álcool leve ao aproximar o copo do nariz. Cerveja com baixíssimo amargor.

Corpo leve a médio, textura oleosa, carbonatação média, sensação de leve adstringência e leve amargor. Aftertaste médio e adocicado. Cerveja com boa drinkabilidade. Uma ótima opção dentre as nacionais!

Saúde!
Luiz Araújo 

Therezópolis Or Blanc - Degustação nº 211


Lançada em 2014, a Therezópolis Or Blanc é uma cerveja no tradicional estilo Belgian witbier, muito popular e bem aceito nas épocas mais quentes do ano, devido à sua refrescância e leveza.

Cervejaria: St. Gallen
País: Teresópolis-RJ (Brasil)
ABV(%): 4,5
IBU's: 10
Estilo: Witbier
Embalagem: 600 ml

Cerveja de coloração amarelo-palha, corpo turvo, com espuma branca, média e de curta duração, com uma justa transição de renda no copo e presença de partículas em suspensão.

No nariz aroma cítrico, médio, aroma de laranja e coentro. O sabor acompanha relativamente o aroma, porém com menos intensidade e presença ésteres cítricos. A cerveja apresenta pouco amargor. Presença de álcool leve ao aproximar o copo do nariz.

Corpo bem leve, textura macia e boa carbonatação conferem a esta cerveja ótima drinkabilidade. Cerva altamente refrescante, para os dias mais quentes.

Um brinde!
Luiz Araújo

Paulistânia Lager - Degustação nº 210


A Cerveja Paulistânia começa sua história em 2009 com a sua produção em Cândido Mota, interior de São Paulo. Seu nome foi criado com a intenção de homenagear a cidade de São Paulo. Utilizando somente a melhor seleção de matérias primas, que incluem lúpulos nobres alemães e americanos, e elaboradas 100% com puro malte de cevada, todas as versões da Paulistânia passam também por um longo processo de fermentação - que dura entre 3 e 4 semanas, trazendo um balanço ideal entre complexidade e drinkability.

Cervejaria: Casa di Conti
Origem: Cândido Mota - SP (Brasil)
ABV(%): 4,8
Estilo: American Premium Lager
Embalagem: Garrafa de 600 ml

É uma cerveja de coloração dourada, com corpo claro e borbulhante. Sua espuma de cor branca apresentou boa formação, com boa duração, e uma justa transição de renda no copo e ausência de partículas.

No aroma presença leve de malte e lúpulo herbáceo. Presença de álcool bem leve ao aproximar o copo do nariz. No sabor o malte continua presente de forma leve e o lúpulo ameno confere a cerveja equilíbrio.

O retrogosto é levemente amargo e fugaz. Bem refrescante com corpo bem leve e rescência mediana conferem ótimo drinkability a esta cerveja. A percepção alcoólica é oportuna. Uma boa cerveja para o dia a dia e churrasco com os amigos!

Saúde!
Luiz Araújo

Liefmans Cuvée Brut - Degustação nº 209


A cerveja Liefmans Cuvée Brut é maturada com cerejas frescas por um período de 18 meses a 3 anos e antes de ser engarrafada, é feito um "blend" de cervejas Oud Bruin e Goudenband de idades diferentes. A cerveja Liefmans Cuvée Brut possui aroma elegante, paladar rico e complexo

Cervejaria: Brouwerij Liefmans (Duvel-Moortgart)
Origem: Bélgica
ABV(%): 6
Estilo: Lambic-Fruit
Embalagem: Garrafa de 375 ml

É uma cerveja de coloração vinho, com corpo claro e borbulhante. Apresenta um coroa de espuma pequena, de cor rosa e de curta duração, com um justo belgian lace no copo e ausência de partículas.

O aroma não é maltado e o lúpulo é praticamente imperceptível. O aroma é de frutas vermelhas e cereja. Álcool leve ao aproximar o copo do nariz. O sabor é intenso a ponto de acentuar o dulçor e acidez da cerveja. A cerveja lembra um vinho seco e espumante. Mas não é em nenhum momento enjoativa.

O aftertaste é duradouro, levemente adocicado e seco. Corpo levíssimo e rescência alta conferem ótimo drinkability a esta cerveja. Textura frisante. A percepção alcoólica é oportuna. Sirva de preferência em uma taça de champgne (flute), e você extrairá o melhor da cerveja. O copo faz toda a diferença! Você pode harmonizar com Cheesecake com cobertura de frutas vermelhas. Bela cerveja!

Santeie peye!
Luiz Araújo

St. Bernardus Prior 8 - Degustação nº 208

 

A St Bernardus tem excelência em produzir receitas nobres dos monges trapistas.Quase uma obra-prima em forma de cerveja, obrigatória para todo bom apreciador.

Cervejaria: St. Bernard Brouwerij
Origem: Bélgica
ABV(%): 8
Estilo: Belgian Dark Strong Ale
Embalagem: Garrafa de 330 ml

É uma cerveja de marrom escuro, com corpo turvo. Sua espuma de cor marrom claro apresentou média formação, cremosa, fofa e de longa duração, com uma excelente transição de renda no copo.

No nariz malte remetendo a caramelo, toffe, nozes e tostado de forma intensa, além do aroma frutado remetendo a ameixa, ameixa seca e frutas secas. O lúpulo surge leve. Com os 8 % ABV, a percepção do álcool é equilibrada ao aproximar o copo do nariz. O sabor é intenso e remete a caramelo e tostado Ésteres frutado (frutas com caroço). 

O retrogosto é duradouro e levemente adocicado. O corpo é médio e rescência idem. Possui ainda pequena adstringência. A percepção alcoólica é oportuna para o estilo e o álcool está muito bem inserido. Sente-se um leve aquecimento na garganta. Mais uma ótima cerveja da St. Bernardus!

Santeie peye!
Araújo Junior

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Aprenda a fazer drinks com cerveja


A cerveja é uma das bebidas favoritas dos brasileiros, rica em história e tradição é a verdadeira representação da paixão nacional. Os apaixonados pela gelada podem encontrar e usufruir mais de 120 estilos de diferentes da bebida.

Com uma variedade tão grande, a cerveja oferece experiências gastronômicas memoráveis quando harmonizadas com diversos sabores, inclusive os forte, doces, exóticos ou inusitados.

Para proporcionar novas experiências cervejeiras, selecionamos algumas receitas de drinks à base de cerveja que irão te surpreender. Quem já experimentou garante que a mistura dá certo e vale a pena inovar. Confira:

Frühstück Weisse
Receita: Adicione suco de laranja em copo pilsener até preencher 1/3 do recipiente. Complete com sua cerveja de trigo preferida.

Shandy
Receita: Em um copo pilsener adicione duas partes de cerveja pilsen e uma de limonada. Simples, clássico e delicioso!

Liverpool Kiss
Receita: Sirva cerveja escura em uma taça até quase completá-la. Finalize com um pequeno jato de licor de cassis.

Black Velvet
Receita: Numa taça flûte gelada (e é muito importante que a taça esteja gelada senão o champagne espuma e transborda em contato com a parede do copo) sirva o espumante até a metade e complete com cerveja Stout.

Dirty Hoe
Receita: Em um copo pilsener, adicione 3 partes de cerveja de trigo e complete com uma de cerveja de framboesa. Para deixar o cocktail ainda mais aromático, experimente adicionar 1/2 fatia de laranja.

Fonte: Sociedade da Cerveja

Colombina IPA - Degustação nº 207


A Colombina IPA possui maior intensidade de aroma e sabor. Em sua composição é utilizada uma rapadura típica do cerrado, a Moça Branca. Trata-se de uma rapadura batida, que devido a esse processo fica mais clara e macia. O Dry Hopping é realizado com o lúpulo australiano Galaxy.

Cervejaria: Goyaz
Origem: Goiânia-GO (Brasil)
ABV(%): 6,0
IBU's: 40
Estilo: India Pale Ale (IPA)
Embalagem: Garrafa de 600 ml

É uma cerveja de coloração cobre, com corpo levemente turvo. Sua espuma rasa de cor bege apresentou pequena formação com duração fugaz e boa justa transição de renda no copo.

O aroma é intenso, e o malte remete a caramelo, melaço, rapadura e tostado. O aroma médio do lúpulo é cítrico e remete a maracujá. Álcool equilibrado ao aproximar o copo do nariz. O sabor segue o aroma com menor intensidade. Presença de ésteres frutados. O dulçor da rapadura equilibra bem com o amargor do lúpulo. 

O retrogosto é duradouro e com o amargor se sobressaindo ao doce. Corpo de leve a médio e rescência mediana conferem boa drinkability a esta cerveja, que possui ainda pequena adstringência. A percepção alcoólica é oportuna. Cerveja fácil de beber. Bem equilibrada e com um amargor que não é pronunciado em função da rapadura Moça Branca. Boa IPA, especialmente para quem  não curte um amargor intenso.

Saúde!
Araújo Junior

Maredsous 6 Blond - Degustação nº 206


 “Maredsous Blonde, apelidada de Maredsous 6 por causa do teor alcoólico, é uma autêntica cerveja belga de abadia. Ao mesmo tempo delicada, complexa e refrescante, apresenta perfume intenso e grande drinkability!” 

Cervejaria: Brouwerij Moortgat (Duvel-Moortgart)
Origem: Bélgica
ABV(%): 7,6
Estilo: Belgian Blond Ale
Embalagem: Garrafa de 330 ml

É uma cerveja de coloração dourada intensa, com corpo claro e borbulhante. Apresentou uma coroa de espuma média, de cor branca, com boa persistência formando um excelente belgian lace no copo.

No aroma frutado, leve presença de pêssego, damasco e licorice. O lúpulo está presente bem leve. Presença de leveduras reforçam o dulçor. Álcool equilibrado ao aproximar o copo do nariz. O sabor intenso  é adocicado e remete a frutado e frutas amarelas. Boa presença de malte. O lúpulo continua leve.

O aftertaste é duradouro e doce. Corpo médio e rescência idem  conferem bom drinkability a esta blond ale. Leve adstringência. A percepção alcoólica é oportuna para o estilo proposto. Uma boa cerveja!

Santeie peye!
Luiz Araújo

Descoberta das cervejas artesanais aguça paladar e permite experiências

Degustar pratos acompanhados por cervejas propicia novos sabores.
Conhecida dos vinhos, a harmonização ganha adeptos e causa surpresas.


Pratos combinados com cervejas especiais podem despertar sensações surpreendentes (Foto: Taiga Cazarine/G1)

A descoberta dos aromas e da combinação de novos ingredientes das cervejas artesanais foi capaz de despertar no público o interesse por uma prática conhecida há muito tempo, por exemplo, pelos admiradores de vinho - a harmonização.

Combinar desde petiscos, passando por pratos elaborados até sobremesas é uma experiência capaz de aguçar os sentidos, e de tornar o momento da degustação muito mais que prazeroso. 

De acordo com especialistas, as opções são bem amplas e podem surpreender o paladar - a princípio, pratos que tradicionalmente só seriam pensados para serem acompanhados por drinks feitos com bebidas destiladas, por exemplo, ganham mais vida com a cerveja ao lado. Para a sommelier de cervejas Bia Amorim, o ato de harmonizar é um momento oportuno para trabalhar corpo e mente com elementos externos, para só depois pensar em sabor.

A harmonização pode ocorrer com a união de vários aromas e sabores e não deve ser pensada apenas com bebidas elitizadas, explica a chef de cozinha e dona da Casa de Criações Culinárias, Sabrina Gali. “Harmonização é a junção perfeita, ou pelo menos interessante, entre dois ou mais elementos. No meu caso, um deles é sempre a comida e o outro quase sempre é uma cerveja”, afirma.

A expressão que vem ganhando força nos últimos anos, não deve ser confundida com a utilização da palavra gourmet, que, na verdade, é a profissão de quem aprecia comida e possui paladar refinado, enfatiza Sabrina. “A pessoa se torna gourmet e não haveria como um produto ser chamado assim”, acrescenta Bia.

A palavra gourmet é de origem francesa (1820) e quer dizer conhecedor de comidas e bebidas. “Mas a onda é um caminho sem volta e está ligada com a busca do refinado. Se eu for à horta pegar ervas para temperar meu prato, isso é a busca do gourmet. Porém, é errado cobrar mais apenas por isso. No entanto, a palavra foi reinventada e quando a pessoa consegue vê-la da forma correta, se interessa”, conta a sommelier.

Combinar pratos com bebidas como vinho ou uísque é uma prática comum, mas quando se trata de cerveja a ‘harmonização’ é um pouco mais complexa. Afinal, a bebida atrai um público diferente, que gosta de beber no dia a dia com os amigos, embora no contexto gastronômico, ela não esteja fora da refeição.

A sommelier diz que a bebida possui uma variedade imensa de estilos e é possível encontrar referências em qualquer prato típico. Ela ressalta que o interessante de trabalhar com o artesanal é que tudo conta uma história, por isso, tanto a bebida quanto a comida, merecem ser sempre apreciadas. “Você não deve pensar cerveja como simples bebida alcoólica, mas sim como parte da gastronomia. Então, você pode sugerir um prato indiano, japonês, chinês, baiano, que sempre haverá com o que combinar. Não tem regra específica, tem que cair bem no paladar”, explica.

Cervejas artesanais propiciam novas experiências aos sentidos (Foto: Érico Andrade/G1)

Mais do que provar que harmonizações com cervejas são possíveis, os profissionais da área estão desmitificando outro paradigma: o queijo combina melhor com cerveja do que com o vinho. A química e degustadora de cervejas artesanais Helen Bianca Barbarini, diz que sempre faz a combinação quando está com a mãe ou com amigos mais curiosos para comprovar que o conceito funciona e todos aprovam.

O proprietário da cervejaria americana Brooklyn, Garrett Oliver, conta no livro ‘The Brewmaster´s Table’, em português ‘A Mesa do Mestre Cervejeiro’, que organizou eventos de harmonização, onde os participantes degustavam ao mesmo tempo um tipo de queijo com um pouco de cerveja e um pouco de vinho, escolhidos por renomados sommeliers especialistas em cada uma das bebidas. 

Segundo Oliver, em todas as seções, a cerveja foi escolhida como a melhor para a harmonização. “Todos os queijos são melhores com a cerveja. Queijo tem gordura e cerveja tem carbonatação, isso combina infinitamente melhor. Tente provar queijo brie com cervejas que contém trigo, gouda com brown ale, queijos azuis com cervejas stout. O vinho e o queijo podem até namorar, mas quem casa é a cerveja”, afirma Bia.

No entanto, harmonizar não é tão simples. A metodologia vai além, já que o paladar difere entre as pessoas. Para elaborar as opções, as especialistas focam no público alvo - idade, local, questões culturais, entre outros quesitos, são considerados. “Ter um público específico é mais fácil, senão sugiro uma harmonização básica como queijos, embutidos, pães e cerveja. Na teoria dá certo, mas se a pessoa vem para uma degustação que inclui algo que ela não gosta, não há o que eu faça, não será uma experiência legal. Mas algumas sugestões são básicas e mais acertadas, por exemplo, é difícil você me dizer que uma cheesecake com calda de frutas vermelhas não vai dar certo com uma cerveja kriek [cerveja de cereja]”, afirma.

A despachante aduaneira e consumidora de cervejas, Giuliana Baggio Franco, diz que costuma realizar harmonizações de carnes, risotos, massas e lanches com cervejas ao menos três vezes por mês, apenas pelo prazer da experiência. “Li uma poesia esses dias que dizia o seguinte: felicidade a gente descobre em horinhas de descuido. Harmonizar é isso, é a pessoa perceber que tem as ferramentas no cotidiano para apreciar. Não adianta você receber a melhor cerveja do mundo e beber como se fosse uma bebida qualquer. Depois que você aprende, repete sem perceber e consegue ter uma refeição bem melhor. Se eu falar de cada uma das sensações e análises, você pode apreciar até mesmo uma taça de água de modo diferente.”

A torta de pêssego com geleia de frutas vermelhas e quenelle cremosa ao limão siciliano harmoniza com a cerveja Belgian Blond Ale, da Chimay (Foto: Taiga Cazarine/G1)

O ritual da harmonização

Existem três formas de trabalhar as harmonizações - por corte, por semelhança e por contraste. De acordo com a sommelier, é possível utilizar mais de uma forma em um único prato, mas a por corte é a mais utilizada. Neste caso, um dos elementos ‘corta’ a ação do outro. A por semelhança, como o próprio nome diz, une comidas e bebidas com características iguais - fruta com fruta, acidez com acidez, doce com doce.

Já a por contraste utiliza elementos distintos, como um queijo gorgonzola (azul) com uma cerveja Stout - cervejas escuras, geralmente com notas de chocolate, café e/ou malte torrado e de pouca carbonatação. “A diferença entre a de contraste e a de corte é que, a primeira você tem sabores distintos, mas que combinam entre si. A segunda opção propõe que uma determinada característica ajude com a outra, por exemplo, a acidez da bebida pode ajudar a reduzir a sensação de gordura da comida”, conta Bia.

De acordo com a sommelier, aroma mais gosto é igual a sabor. Portanto, para fazer uma boa harmonização, é preciso saber identificar cada característica. Uma cerveja como a de trigo pode conter aroma de cravo, banana e azeitona, mas não tem o gosto desses mesmos elementos.

Por isso, durante a degustação, os cinco sentidos são trabalhados, tanto o olfato e o paladar, como a visão, o tato e audição. “Você vê o prato e a cerveja. Escuta a garrafa abrindo. 

Em seguida sente os aromas, a textura, sabor, retrogosto [o sabor que fica após engolir o alimento ou líquido]. Acho que estamos pouco acostumados a dar valor e pensar nas ferramentas: boca, nariz, papilas e o que nos leva ao gastro [estômago, em grego]. Isso é a gastronomia. As pessoas acham que tudo é a mesma coisa, e não. Devemos setorizar: a comida tem gosto do quê? Aroma do quê? Sabor de quê? Então, é preciso fazer o mesmo com a bebida e brincar com essa matemática de sabores.”

O filé mignon ao gergelim e a cerveja ESB Bad Moose fazem uma boa combinação (Foto: Taiga Cazarine/G1)

Bia e Sabrina realizam eventos de harmonização juntas e dizem que o objetivo é que os convidados aprendam a comer e beber melhor. “Nossa intenção é que a pessoa aprenda a apreciar. O ideal é que ela saia bem, é uma experiência diferente”, aponta Sabrina.

Como exemplo de combinações, elas sugerem, para começar, um filé mignon ao gergelim, que leva shoyu, gengibre, óleo de gergelim torrado, alho e dedo de moça, com salada de rúcula e agrião. A cerveja escolhida para a harmonização é a ESB Bad Moose. “Escolhi essa cerveja por conta dos ingredientes que compõem, ela é equilibrada em amargor e dulçor, e é refrescante. A carne selada traz um sabor que vai bem com o maltado da bebida. Os temperos orientais e a pimenta dedo de moça, juntamente com as folhas mais amargas, acompanham bem o lúpulo que essa cerveja inglesa tem”, explica Bia.

Em seguida, a sommelier sugere um gnocchi de batata recheado com queijo gouda, grelhado na manteiga e finalizado com uma colher da cerveja do estilo Belgian Strong Golden Ale, da Cervejaria Urbana. “Este é um dos meus pratos favoritos e esta é uma maneira diferente e divertida de servir, pois além de harmonizar, a cerveja está na receita. A bebida escolhida possui notas frutadas no aroma e bastante álcool [7,5%], que é ótimo para encarar este prato mais untuoso. O sabor de caráter maltado e a massa de batata, que fica com uma casquinha crocante, formam um belo par e harmonizam por semelhança. E, para completar, o queijo gouda é um elemento assertivo”, afirma.

Para finalizar, uma sobremesa. Um cobbler (torta de frutas) de pêssego com geleia de frutas vermelhas e quenelle cremosa ao limão siciliano, com a cerveja Belgian Blond Ale, da Chimay, que possui sementes de coentro e casca de laranja. “Nem sempre a gente acerta na harmonização, mas nem sempre o erro é total. Quando pensei na combinação para a sobremesa observei os itens frutas amarelas e cítrico de limão. Ao invés de trazer as semelhanças, houve contradições na boca. Ficou uma combinação divertida e nos trouxe notas salgadas”, surpreende-se Bia.

Fonte: G1

Bierland Pale Ale - Degustação nº 205


A Bierland Pale Ale é inspirada nas English Pale Ales, desenvolvidas para exportação, ligeiramente mais carbonatadas, fortes e amargas que outras Strong Bitters inglesas.
O estilo se originou por volta de 1703 na cidade de Burton upon Trent, na Inglaterra, onde a água dura contribuiu para uma cerveja clara e com melhor qualidade de amargor.

Cervajaria: Bierland
Origem: Blumenau - SC (Brasil)
ABV(%): 5,4
Estilo: English Pale Ale / Special Bitter 
Embalagem: Garrafa de 600 ml 

É uma cerveja de coloração cobre e límpida. Sua espuma de cor bege apresentou boa formação, espumosa e de pouca retenção, com boa justa transição de renda no copo e ausência de partículas.

No aroma, o malte remete a caramelo, melaço e tostado. O lúpulo cítrico, herbáceo e picante está presente de forma média. Álcool leve ao aproximar o copo do nariz. O sabor acompanha o aroma. Início adocicado com final amargo. O lúpulo segue médio, cítrico e picante. Bom equilíbrio entre malte e lúpulo.

O aftertaste é seco, duradouro e amargo. Corpo de leve a médio, boa carbonatação conferem bom drinkability a esta cerveja. A percepção alcoólica é oportuna. Boa cerveja! 

Saúde!
Araújo Junior

Maibaum, a cerveja de maio da Bamberg

Como os três anos anteriores, bebida volta a ser oferecida a partir do dia 1º



Pelo quarto ano consecutivo, a cervejaria Bamberg vai oferecer uma cerveja sazonal de maio, a Maibaum. É uma bebida do estilo Maibock – ou seja, Helles Bocks produzidas apenas para serem vendidas no quinto mês do ano. Para conferir a ficha com as características e as medalhas da Maibaum, clique aqui.

O nome e a arte do rótulo homenageiam uma tradição antiga na Alemanha e replicada em regiões que seguem a cultura do país europeu – como, por exemplo, alguns locais do estado de Santa Catarina. De tempos em tempos, é erguido no dia primeiro de maio um mastro azul e branco – com pinturas em forma espiral - conhecido como Maibaum ou árvore de maio. Simboliza a união e a organização da população regional e a prosperidade.

“É uma cerveja encorpada e tem 6,5% de teor alcoólico, o que confere uma sensação de calor. A cor clara e a lupulagem mais perceptível no rótulo, contudo, a deixa equilibrada e com uma certa refrescância, o que a torna uma bebida perfeita para os dias ensolarados, porém bastante frescos do outono brasileiro. A temperatura ideal de consumo fica entre 5°C a 8°C e a harmonização fica por conta das comidas apimentadas, camarão, polvo e salsichas”, afirma Alexandre Bazzo, fundador, sócio e mestre-cervejeiro da Bamberg.

Poderá ser encontrada nos pontos de vendas parceiros da marca ou nas lojas Bamberg Express, durante todo o mês a partir do dia 1º.

Fonte: Revista Beer Art

De Molen Op & Top - Degustação nº 204

 

Mistura de uma leve IPA com ESB, a de Molen Op & Top também mistura outros ingredientes europeus e americanos para ser fabricada. A cervejaria da De Molen, na cidade de Bodegraven na Holanda, surgiu em 2004. 

Cervejaria: Brouwerij de Molen
Origem: Holanda
ABV(%): 4,5
Estilo: English Bitter / Bitter / English IPA / India Pale Ale (IPA)
Embalagem: Garrafa de 330 ml

É uma cerveja de coloração âmbar, com corpo turvo. Sua espuma rasa de cor branca apresentou pouquíssima retenção e bom belgian lace no copo. 

No aroma intenso, o malte remete a caramelo e leve tostado. O lúpulo está presente de forma intensa e é bastante cítrico, floral, picante e perfumado. Álcool leve ao aproximar o copo do nariz. No sabor o malte continua remetendo a caramelo, que conferem um dulçor a cerveja para contrapor com o amargor do lúpulo, uqe segue cítrico. Presença de ésteres frutados. A cerveja possui médio amargor, sem ser agressivo.

O retrogosto é duradouro e amargo. Corpo leve e rescência média conferem ótimo drinkability a esta cerveja. A percepção alcoólica é oportuna. Muito boa IPA. Bem leve e refrescante. Pede mais um copo.

Cheers!
Luiz Araújo 

Dado Bier Belgian Ale - Degustação nº 203


É elaborada com fermento especial importado da Bélgica, com alguns dos melhores lúpulos do mundo e um blend de cinco tipos de maltes especialmente selecionados. Não filtrada, possui um processo produtivo de longa duração e dupla fermentação, obtendo assim aromas e sabores muito marcantes. 

Cervejaria: Dado Bier
Origem: Porto Alegre-RS (Brasil)
ABV(%): 8,5
Estilo: Belgian Golden Strong Ale
Embalagem: Lata de 473 ml

É uma cerveja de coloração dourada a alaranjada, com corpo turvo. Sua espuma de cor de bege apresentou média formação, sendo de curta duração, sem transição de renda no copo.

No nariz malte médio remetendo a caramelo. Presença de abacaxi. O lúpulo surge leve, picante e floral. Com os 10 % ABV, o álcool é perceptível, mas nada que comprometa o conjunto. O sabor acompanha o aroma. Presença de ésteres frutados. Lúpulo leve, floral e picante. Uma cerveja maltada, com dulçor pronunciado e frutada.

O aftertaste é duradouro e vai do adocicado ao levemente amargo. O corpo médio e carbonatação pequena conferem médio drinkability a esta cerveja. A percepção alcoólica é oportuna para o estilo.  No final o álcool aquece a garganta. Boa cerveja, que cumpre bem seu papel.

Saúde!
Luiz Araújo

Colorado Indica - Degustação nº 202


A Indica Colorado traz a legítima fórmula utilizada pelos soldados ingleses em sua longa viagem marítima até a Índia. Detalhe: com um toque especial da rapadura. Não por acaso, foi eleita pela revista Prazeres da Mesa a Cerveja do Ano e ainda recebeu 3 estrelas na publicação inglesa Pocket Beer Guide, o mais respeitado guia de cervejas do mundo.

Cervejaria: Colorado
Origem: Ribeirão Preto-SP (Brasil)
ABV(%): 7
Estilo: India Pale Ale (IPA)
Embalagem: Garrafa de 600 ml

É uma cerveja de coloração cobre, com corpo levemente turvo. Sua espuma de cor bege apresentou ótmia formação com longa duração, com uma excelente transição de renda no copo. 

No aroma, o malte remete a caramelo, melaço e tostado de forma média. O lúpulo está presente de forma média e é bastante herbal e cítrico. Aroma de algo parecido com açúcar mascavo (deve ser por causa da rapadura, que não é a mesma coisa). Álcool equilibrado ao aproximar o copo do nariz. No sabor o malte continua remetendo a caramelo, melaço que conferem um dulçor a cerveja que se equilibra muito bem com o amargor. 

O retrogosto é duradouro e amargo. A cerveja oferece um início doce e depois mostra sua cara, com bom amargor final. Corpo médio e rescência idem conferem bom drinkability a esta cerveja. A percepção alcoólica é oportuna. Ótima IPA Nacional. Vale a pena degustar várias vezes.

Um brinde!
Luiz Araújo