AB InBev tem lucro maior com preços mais altos no Brasil

Garrafa de Budweiser: os volumes de vendas da Budweiser subiram 6,2%, com crescimento particularmente forte em Brasil e China

Bruxelas - A Anheuser-Busch InBev, maior cervejaria do mundo, elevou mais que o esperado seu lucro do primeiro trimestre após aumentar preços e vender mais cervejas premium no Brasil e na China, compensando as vendas bem menores nos Estados Unidos.

O volume de vendas consolidado caiu 1,2 por cento, principalmente devido à baixa de 6 por cento nas vendas a atacadistas norte-americanos, que elevaram estoques no ano passado antes de negociações sindicais.

No entanto, a companhia vendeu mais de suas marcas globais com maiores preços. Os volumes de vendas da Budweiser, que são maiores agora fora dos EUA do que dentro, subiram 6,2 por cento, com crescimento particularmente forte em Brasil e China.

"Muito do fato de ela ter superado expectativas se deve aos preços bastante fortes no Brasil", disse o analista da Bernstein Research Trevor Stirling, acrescentando que a companhia também ganhou no Brasil com incentivos a investimentos, como a construção de novas cervejarias.

No Brasil, o segundo maior mercado de cerveja da AB InBev e do mundo em termos de lucro, as vendas ficaram praticamente inalteradas, mas a companhia conseguiu elevar a receita por hectolitro em 11 por cento.

A AB InBev espera elevar a receita no Brasil em um dígito percentual de médio a alto em 2015, com ajuda de cervejas premium. No entanto, vê pouco espaço para aumentar volumes um ano depois de o país sediar a Copa do Mundo.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa no primeiro trimestre subiu 11 por cento na base anual para 3,97 bilhões de dólares, ante expectativa média de 3,93 bilhões de dólares segundo analistas consultados pela Reuters.

Fonte: Revista Exame

Nota do editor do Blog

Por Luiz Araújo

Eu só queria entender o que faz a Inbev afirmar e insistir em dizer que a Budweiser é uma cerveja premium. A cerveja é vendida em média 40$% mais cara que as ditas normais. Fico me perguntando o que a Bud tem de diferente. Será seu milionário investimento em marketing? Será o simples fato de ser "importada"? Ou será que é o fato de não ter 45% de milho em sua composição... e sim arroz?

Na teoria, uma cerveja classificada como American Premium Lager não pode ter mais de 25% de adjuntos ou os famosos cereais não maltados, ou seja, milho, arroz e em alguns casos até batata. Também não deveria contem conservantes, aromatizantes artificiais e aditivos químicos.

Então para resumir, uma cerveja dita Premium, tem que ter mais malte, mais lúpulo, mais álcool e menos adjuntos. Não é este o caso da Budweiser!

A cerveja em questão apresenta 40% de arroz em sua composição, sem contar os aditivos químicos e conservantes. 

Mesmo assim, a Inbev insiste em posicioná-la no mercado como Premium e ainda afirma que a mesma tem como meta concorrer com a Heineken. Parece piada, mas é verdade. Não dá nem para comparar uma cerveja puro malte, com uma que leva 40% de puro arroz...

Segundo Herbert Gris, diretor da Heineken Brasil, "a Heineken é um produto sem conservantes, maturada 30 dias e não 15 como as concorrentes, além de ser fabricada com malte. É sem dúvida, uma cerveja premium. " A Budweiser é uma cerveja mainstream nos EUA. Todo o brasileiro sabe disso. Não pode ser considerada premium"
Só discordo com ele num ponto. Grande parte dos brasileiros não sabe disso, ou seja, que a Bud não pode e não deve ser considerada premium.

Bom, após o esclarecimento fica a critério do consumidor escolher sua cerveja e pagar mais ou não pela cerveja Budweiser, que neste caso pode ser carinhosamente chamada de a cerveja "me engana que eu gosto"!