Ninkasi, a Deusa da Cerveja

Ninkasi é a antiga deusa sumeriana da cerveja, que transformou uma mistura de água e cevada em um líquido dourado, conhecido hoje como cerveja.

Era uma deusa muito popular que fornecia cerveja aos deuses. Ela era considerada a própria personificação da cerveja.

quarta-feira, 25 de março de 2015

Cerveja artesanal: mercado começa a se destacar em Teresina

Produção de cerveja caseira vêm ganhando cada vez mais adeptos em Teresina, tanto que os produtores já pensam em trazer cursos de especialização


Um hábito que começa a chegar ao Piauí e começa a ganhar adeptos pode se tornar a grande onda comercial: cerveja artesanal Produzidas em pequena escala nas residências a um custo muito menor que as grandes cervejarias, as pequenas fábricas utilizam equipamentos similares e trazem em sua composição os ingredientes básicos da cerveja: água, malte de cevada, lúpulo e levedura.

Foto: Daiton Meireles

O processo, que pode levar até sete horas para que a cerveja fique pronta, ainda é artesanal e passa por três fases básicas: mostura, fervura e fermentação. Cada produção passa por um critério do cervejeiro: é dele que vai sair a receita tradicional até as características que o cliente preferir, como diferentes tons de sabores e cores.

Foto: Daiton Meireles

O funcionário público federal, Pedro Henrique Sousa, de 27 anos, conta que a ideia surgiu quando ele estava morando em Brasília e assistia ao programa Pequenas Empresas, Grandes Negócios. No programa, Pedro Henrique viu que a produção de cerveja artesanal crescia em todo o país. “Comecei a produzir faz um ano, comecei mesmo lá em Brasília, e quando fui transferido para Teresina, vim carregado de panelas” disse.

Foto: Daiton Meireles

O hobbie tem um custo considerável já que os ingredientes não são encontrados no mercado local e tudo é comprado pela internet. Além disso o cuidado com o manuseio dos recipientes nos quais a cerveja será manipulada precisam estar limpos para evitar qualquer tipo de contaminação.

Foto: Daiton Meireles

“Todo o material que vai entrar contato com a cerveja nesse momento tem que ter uma certa qualidade, isso porque qualquer alteração pode fazer com que a gente perca toda a cerveja produzida. Uma bactéria que entre na mistura, põe tudo a perder, tudo precisa estar muito higienizado. Eu comecei utilizando panelas de alumínio e li que o inox era mais apropriado pois a reação da cerveja com o alumínio na hora da fervura poderia alterar o sabor da bebida” disse o cervejeiro.

Para Pedro, o mercado de cerveja caseira no Piauí ainda é muito escasso já que apenas cinco pessoas fazem esse processo de fabricação artesanal em Teresina. Essa escassez torna o valor do produto um pouco acima do que é encontrado nas cervejas comuns no mercado. “Em São Paulo e Brasília por exemplo existem bares e restaurantes que produzem sua própria cerveja e oferecem aos clientes e muitas fazem esse diferencial, aqui em Teresina não existe um estabelecimento que forneça especificamente esse produto”.

Foto: Daiton Meireles

O cervejeiro afirma que sua produção ainda é pequena, cerca de cem litros por mês, o que rende 50 garrafas de 600ml cada e que ele fica com a metade da produção para consumo próprio e a outra metade vende aos amigos mais próximos. “É uma cerveja que tem a minha cara, com as características que eu gosto, então eu produzo e fico com uma parte para consumo próprio, a outra parte eu vendo a amigos mais próximos apenas para bancar a produção”, ressalta. O custo dessa produção com todo o material utilizado chega em torno de R$ 500 à R$ 600 por mês.

Foto: Daiton Meireles

A produção ainda é artesanal, mas o pensamento é de grande negócio. Para Pedro, mesmo com o alto custo na produção, ele pensa em comercializar em breve seu produto no mercado piauiense. “A aceitação até agora foi muito boa, quem provou disse que gostou e voltou para procurar mais, a procura tá grande, até porque eu tenho produzido em vários sabores e ainda mais agora que eu criei um perfil em uma rede social, a procura aumentou consideravelmente", relata.

“A minha intenção era criar uma cerveja que lembra-se o Piauí, algo com um símbolo que lembra-se nosso Estado, daí eu criei a Capivara Beer, algo que pudesse ser lembrado por quem visitasse nosso Estado. Não foi muito pensado, foi um apelo regional mesmo”.

Pedro ainda informou que os cervejeiros de Teresina mantem contato entre si através do grupo em redes sociais e que estão programando cursos e outras atividades para quem gosta deste hobbie peculiar. O grupo pretende criar a primeira associação de cervejeiros do Estado, já que vem surgindo uma procura crescente das pessoas tanto pelo produto como pelo método de produção.

O processo de fabricação

O processo de fabricação da cerveja começa com a “mostura”: o malte é triturado e a mistura é fervida a uma temperatura de 65° entre duas e cinco horas, depois é separado para que o máximo de açucares do malte sejam extraídos. Depois disso o “mosto” é fervido e a mistura será acrescentado o lúpulo com o intuito de dar o amargor, paladar e aroma que o cervejeiro deseja colocar na bebida. No final da fervura, o lúpulo é separado e a bebida segue para a fermentação.

Por último, é acrescentado o fermento que irá transformar o mosto em cerveja e ficando em processo de refrigeração que pode durar de cinco a dez dias para depois para ser carbonatada e envasada. Essas características podem variar, já que cada mestre cervejeiro pode colocar em cada bebida uma característica que a diferencia das demais cervejas.

Serviço:
Contato: Pedro Henrique: (86) 9916-1577
Instagram: @capivarabeerpi

Fonte: O Olho

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Ninkasi Beer Club