A boliviana Ângela Castro gosta de uma cervejinha à noite. Só um pouquinho. Mesmo assim, o 18º lugar que conseguiu na marcha atlética - o melhor resultado histórico de seu país, tem a ver com cerveja.
Uma cervejaria boliviana, a mais importante do país, em acordo com ministério dos Esportes, escolheu, após a Olimpíada de Londres, dez atletas que receberiam apoio no próximo ciclo Olimpíada, que está terminando.
É o projeto “Tunga”, que significa dez na língua dos índios aimaras. Ângela é uma tunga. Pode participar de campeonatos pelo mundo - a empresa boliviana de aviação - começou a ajudar há dois anos - e fez o melhor tempo de sua vida, com 1h32mim54s, melhor que 1h33min15s que tinha.
A treinadora Marta Marin explica como foi o apoio e é impossível não comparar com o que os atletas brasileiros receberam em quantidade muito maior. "Em quatro anos, foram 800 mil dólares, além de roupa esportiva, isotônico e avião. Pude fazer cursos, pudemos ter um período de treinamento no Equador, que é mais adiantado”.
O resultado foi bom. Quatro tungas, todos marchistas, se classificaram. Com tempos próprios, sem a necessidade da classificação regional. “Estou já pensando na Olimpíada de Tóquio”, diz Castro, que foi a porta-bandeira da Bolívia.
O bom resultado foi muito comemorado. Talvez, até, com uma bela cerveja boliviana.
Fonte: Olimpíadas UOL
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