Ninkasi, a Deusa da Cerveja

Ninkasi é a antiga deusa sumeriana da cerveja, que transformou uma mistura de água e cevada em um líquido dourado, conhecido hoje como cerveja.

Era uma deusa muito popular que fornecia cerveja aos deuses. Ela era considerada a própria personificação da cerveja.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Executivo troca mundo corporativo e realiza desejo de abrir loja de cervejas

Daniel Krieck apostou no ramo das bebidas artesanais em Piracicaba.
Empreendedor quer fortalecer e expandir a cultura cervejeira na cidade.


Daniel Krieck trocou mundo corporativo e apostou em negócio próprio (Foto: Claudia Assencio/G1)

A paixão pela cultura cervejeira fez o empresário de Piracicaba (SP) Daniel Krieck, de 36 anos, trocar o mercado corporativo e investir em um negócio próprio. Há cerca de um ano, ele é proprietário de uma loja de cerveja com rótulos especiais e importados, além de uma carta com cerca de 40 fornecedores diferentes.

Krieck começou a fazer cerveja por hobby com amigos e familiares. Em 2011, ganhou de presente um curso de fabricação da bebida, quando ainda trabalhava como executivo.“Fazia para tirar o estresse, aí começou a sair cerveja boa e os meus amigos diziam para eu montar meu próprio negócio”, lembrou.

Depois de trabalhar por quase duas décadas em empresas nacionais e multinacionais do segmento gráfico e industrial de embalagens, Krieck resolveu apostar no ramo da cerveja especial e finalmente realizou o sonho de abrir o próprio negócio.

“Sempre atuei na área técnica e cheguei a gerente comercial. Há cerca de três anos, o mercado de embalagens sofreu uma queda e eu buscava recolocação profissional", lembrou.

Para abrir o negócio, o empresário visitou países como Bélgica e Suíça para conhecer de perto como funciona o mercado das cervejas especiais, mas revela um desejo não realizado. "Quero muito conhecer um mosteiro onde elas são produzidas", disse.

Trio organizou evento para reforçar cultura cervejeira em Piracicaba (Foto: Claudia Assencio/G1)

Início

Antes de abrir loja, o empresário pensou em uma micro-cervejaria, mas o investimento era muito alto, de R$ 500 mil a R$ 1 milhão iniciais. "Além disso, a cidade, de modo geral, na época, não tinha o hábito de beber cervejas especiais. Pensei que, se um dia eu montasse uma, seria uma forma de ajudar a criar a cultura cervejeira aqui. Era uma questão de quebra de paradigma”, explicou.

Segundo Krieck, a fatia de consumidores de cerveja especias e artesanais de Piracicaba representa 1% da população da cidade, equivalente a cerca de 4 mil pessoas. Apesar de ser um número ainda pequeno, ele é representativo e tende a crescer. "Transformei uns 300 clientes que não bebiam cervejas artesanais e agora preferem as mais amargas e alcoólicas, vão em eventos do setor e entraram na cultura cervejeira", relatou.

A loja atualmente tem um grupo de seguidores e um deles, que é designer, criou o rótulo para a cerveja com a marca da empresa de Daniel. Os projetos envolvendo a iniciativa do empresário também se ampliaram e ele se associou a dois novos empreendedores do ramo cervejeiro.

Loja de cervejas especiais e artesanais em Piracicaba (Foto: Claudia Assencio/G1)

Da parceria com Gustavo Camargo, de 34 anos e Ricardo Camussi, 33, experientes nas áreas de importação e exportação no setor sucroalcooleiro, os produtos da loja serão distribuídos para outros estabelecimentos, por meio de comodato."A intenção é que, no futuro, também possamos comercializar nossa própria cerveja", planejou Camargo. Em março de 2015, o trio organizou o Saint Patrick´s Day em Piracicaba. A ideia era usar a data que da típica festa irlandesa país para fortalecer a cultura cervejeira na cidade.

Especialista

Segundo um especialista, a tendência do mercado de cerveja especiais na cidade é a de crescer porque ele oferece ao consumidor um produto diferenciado. "Isso fideliza a clientela e por isso, o setor pode se consolidar", explicou o professor do curso de Ciências Econômicas da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep) Francisco Crócomo.

De acordo com ele, as cervejas artesanais, por si só, pelo próprio processo de produção, oferecem valor agregado ao cliente. "O de degustar uma cerveja diferente. As pessoas estão menos sensíveis ao preço e mais a exclusividade do produto", lembrou.

A ideia de provar algo que foi feito fora do modelo industrial em escala também faz as pessoas o apreciarem com mais calma. "A volta do artesanal tem muito a ver com a relação que as pessoas querem ter com o tempo", explicou.

Trio comemora parceria em negócio voltado ao mercado cervejeiro de Piracicaba (Foto: Claudia Assencio/G1)

Foto: G1

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