Ninkasi, a Deusa da Cerveja

Ninkasi é a antiga deusa sumeriana da cerveja, que transformou uma mistura de água e cevada em um líquido dourado, conhecido hoje como cerveja.

Era uma deusa muito popular que fornecia cerveja aos deuses. Ela era considerada a própria personificação da cerveja.

terça-feira, 31 de outubro de 2023

Entrevista chef Bianca Folla: "Cozinhar é a nossa especialidade, mas para crescer nesta área Chefs precisam investir em sua marca pessoal"

Há 18 anos Bianca Folla trocou uma sólida e promissora carreira na área de Direito para se tornar chef de cozinha em tempo integral. Foi quando cozinhar passou de um passatempo para uma profissão. 

No começo, ela passou por muitos desafios ao oferecer um serviço no ramo alimentício e se posicionar de maneira diferente do habitual de mercado. Seu serviço inclui o desenvolvimento de um cardápio personalizado, conforme a necessidade do cliente e respeitando alergias e restrições alimentares. Uma construção entre cliente e fornecedor que não se encontrava em 2005, quando começou, e ainda não é uma prática muito comum no mercado de eventos.

“Sempre quis imprimir os desejos e personalidade do cliente na gastronomia, por isso em 2005 lancei um serviço de bufê com cardápio feito do zero, conforme o gosto e necessidades de cada ocasião”, afirma Bianca, que aprendeu sobre posicionamento e marca pessoal para diferenciar e gerar valor ao seu trabalho ao longo dos anos.

Esse investimento ajudou Bianca a criar valor ao seu serviço e, com isso, aumentar a sua margem de lucro. Para ajudar outros profissionais de cozinha a alcançar esse mesmo resultado, ela vai compartilhar todas as técnicas e aprendizados que teve nessa jornada na mentoria online ‘Profissional 5 Estrelas’. 

Na entrevista abaixo, Bianca fala sobre os desafios e a importância do conhecimento em marketing, gestão e marca pessoal para criar serviços com alto valor agregado.

- Na sua visão profissional, por que chefs de cozinha precisam investir em marca pessoal e posicionamento?

Cozinhar é a nossa especialidade, mas não é o que nos faz crescer profissionalmente. Para isso, os chefs precisam ter conhecimento sobre como gerir corretamente o negócio e saber valorizar o produto ou serviço vendido. 

Esta é uma dificuldade de muitos profissionais dessa área, que muitas vezes são talentosos na cozinha, mas falham na hora de vender seu serviço ou produto. Isso acontece porque não conseguem transmitir ao cliente a certeza de que aquele negócio é comandado por uma figura de autoridade e profunda conhecedora da área em que atua.

- Como você, como chef de cozinha, chegou a esta conclusão?

Eu sempre busquei desbravar novos caminhos em todas as áreas que atuei e na gastronomia não foi diferente. Quando comecei a atuar profissionalmente nessa área, há 18 anos, os serviços de bufê ofereciam cardápios pré-definidos para os clientes escolherem entre algumas opções, sem muita flexibilidade para atender os gostos e necessidades pessoais. 

Eu decidi então fazer diferente e criei um serviço totalmente aberto, em que o cardápio era definido do zero, a partir de uma conversa com o cliente. O cardápio passou a ser a estrela do evento, pois era pensado e feito de maneira totalmente personalizada. 

Por ser uma ideia diferente, comecei a crescer a partir da indicação dos próprios clientes. Ao invés de oferecer descontos para competir por preço, passei a ganhar destaque pela diferenciação no serviço prestado. Foi então que entendi que o próximo passo para fazer a minha ideia escalar era investir em marketing e, principalmente, na minha imagem como chef.

 - O que veio depois disso?

Quando vi que a minha ideia começou a fazer sucesso, percebi que precisava oferecer muito mais do que um bufê de qualidade. Eu tinha que saber me posicionar e alinhar a minha marca pessoal aos meus objetivos profissionais.

Comecei estruturando os meus processos de trabalho e portfólio do que já tinha realizado até então. Também organizei todos os passos do atendimento ao cliente, para garantir que entendessem quais os diferenciais do serviço e fazer com que isso agregasse valor ao meu negócio. Tudo isso ajudou a minha ideia crescer em escala.

Tudo ia bem até que chegou a pandemia e precisei me reinventar. Como os eventos foram suspensos, passei a vender comidas congeladas para ter uma renda nesta fase, mas também aproveitei o momento para me reinventar. Foi então que decidir dar um passo a mais e fiz um trabalho de marketing e autoimagem.

Neste processo, entendi que um ponto forte de meu negócio era a confiança que as pessoas tinham no meu trabalho. Aproveitei esse ponto forte e decidi aumentar o alcance de minha reputação. 

Comecei a produzir conteúdo para as redes sociais, o que também acabou se transformando em convites para participar de programas de TV. Essa exposição me ajudou a agregar ainda mais valor aos meus serviços, que chegaram a triplicar tanto em números quanto em faturamento. 

Isso tudo só foi possível e rendeu muitos frutos porque eu já tinha bem claro como eu queria ser vista pelo mercado, quais eram os meus diferenciais e quais competências emocionais eu precisaria ter para fazer isso acontecer. Esses pontos são habilidades muito importantes, mas frequentemente não trabalhadas pelos chefs de cozinha.

- Como é possível dar essa virada de chave?

Eu acredito que a mudança deve acontecer, primeiro, internamente. É interessante notar que, na época medieval, os funcionários do castelo que não eram considerados adequados para outras funções eram colocados na cozinha. Isso deixou uma marca na mentalidade dos profissionais da gastronomia, fazendo com que muitos acreditem erroneamente que seu serviço não tem valor. 

Com isso muitos deixam de pensar em seu esforço, conhecimento, habilidades técnicas e tempo de trabalho na hora de precificar. Para mudar esse cenário é preciso ter em mente que a responsabilidade de preparar os alimentos que as pessoas consomem é uma atitude nobre e requer muito estudo e conhecimento. É crucial que os profissionais dessa área se reconheçam e se valorizem nesse papel.

- Como você organizou a sua experiência pessoal para ensinar outros chefs a trabalharem a sua marca pessoa e conseguirem agregar valor aos seus serviços?Na minha jornada tive muitos erros, acertos e descobertas. Por meio dessa experiência criei ferramentas para que os profissionais de cozinha encurtem o caminho na construção de uma marca pessoal e posicionamento sólidos, que os ajudem a agregar valor ao seu negócio, tanto em reputação quanto em margem de lucro.

Para isso, é preciso ter como base um plano de ação bem estruturado e um bom marketing pessoal, além de oferecer um conteúdo rico e objetivo e alimentar todos os contatos adquiridos com informações constantes e esclarecedoras. Essas são algumas estratégias assertivas para se conquistar clientes e um espaço diferenciado no mercado.


Mentoria ‘Profissional 5 Estrelas’

A partir de 06/11 com 7 encontros online semanais;

Carga horária total: 18h

Investimento: R$ 6 mil (com descontos promocionais dados por ordem de inscrição)

Inscrições: Formulário ou WhatsApp (11) 95570-9261

Site Bianca Folla: https://achefemcasa.com.br/

Instagram: @achefemcasa


Sobre Bianca FollaDe cozinheira oficial das festas de família e amigos à primeira personal chef a oferecer um serviço de bufê e eventos totalmente personalizados às escolhas e gostos do cliente, Bianca Folla transicionou de carreira do direito para a gastronomia há 18 anos. Bianca começou a adquirir conhecimento e experiência quando cozinhava por hobby, até que se formou em Gastronomia no SenacSP e criou o serviço de buffet personalizado ‘A Chef em Casa’, que hoje já conta com mais de 1.500 eventos realizados. Sua carreira também teve uma passagem pelo cenário de comida de rua, quando serviu suas criações nas feirinhas gastronômicas da cidade de SP durante três anos. Além de se dedicar aos projetos de seu bufê, Bianca também divulga suas receitas e serviços em programas de culinária da TV Brasileira. 


Fonte: Gaivota Comunicação

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