(FOTO: TRUSTEES OF THE BRITISH MUSEUM)
Placas de argila com inscrições cuneiformes de 5 mil anos de idade encontradas nas ruínas da cidade mesopotâmica de Uruk, que hoje corresponde ao Iraque, revelam um passado, de coordenação motora comprometida. O salário dos trabalhadores da antiguidade era pago em cerveja.
O registro específico consiste em um recipientecônico, que significa “cerveja”, acompanhado de uma figura humana se alimentando com uma valise, que representava o conceito de “ração”. A placa como um todo é uma espécie de holerite.
Embora o método de pagamento inusitado tenha atraído toda a atenção do público, o próprio fato de que havia salário e funcionários nos primeiros agrupamentos humanos é revelador: esse é o mais antigo registro de um método de organização do trabalho que envolve patrões e empregados.
A placas de argila que eram usadas pelos povos da Mesopotâmia são uma excelente janela para o cotidiano da antiguidade. Elas resistem excepcionalmente bem à passagem do tempo, mesmo quando não são cozidas. Só no Museu Britânico, responsável da placa alcoólica, há mais de 130 mil inscrições do tipo.
“Uma enorme quantidade de inscrições está disponível, são mais de 3 mil anos de história”, explicou Irving Finkel, curador do museu, à BBC. “Só uma pequena parcela delas foi feita para durar, o resto consiste em documentos mais ou menos efêmeros que descrevem muitos aspectos públicos e privados da vida na Mesopotâmia.”
Essa foi a primeira vez que a bebida foi usada como moeda de troca, mas não foi a última. No Egito antigo, operários que trabalhavam na construção das pirâmides recebiam entre 4 e 5 litros diários de cerveja.
*Com supervisão de Nathan Fernandes
Fonte: Galileu
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