A produção de cerveja no Brasil em 2015 deve cair cerca de 1,7% em relação ao ano passado. Não é um bom resultado, mas é uma queda menor do que a esperado para o PIB, de 3%. Os empresários do setor não se mostram exatamente felizes com a situação, mas nem por isso pessimistas. A maior parte das empresas continua fazendo investimentos mirando não o curto prazo, mas a próxima década.
“A empresa não pensa apenas no curto prazo, queremos estar aqui para os próximos 10, 20, 100 anos”, disse o presidente da Ambev, Bernardo Paiva, em um seminário da Associação Brasileira da Indústria da Cerveja, realizado nesta segunda-feira (23).
Didier Debrosse, presidente da Heineken no Brasil, afirmou que a companhia “está no Brasil para ficar”. “Decidimos investir porque estamos decidindo para 2025”, afirmou Debrosse. “Porque nós acreditamos que o mercado vai crescer. E o mercado premiumvai crescer mais”. A perspectiva de curto prazo é ruim mas, segundo ele, o Brasil sairá da crise mais rapidamente que a Europa após 2008.
Para Paiva, o ambiente ruim não pode ser motivo para deixar de entregar resultados. “A gente não usa a crise como desculpa para não ter performance”, disse. “Se o ambiente macroeconômico melhorar, melhor para todos nós, mas nunca vamos usar isso como desculpa”.
O presidente da Ambev diz que em momentos como esse é importante atrair e manter talentos e diminuir a barreira entre os funcionários. “Em um momento de crise, é muito importante que os líderes estejam próximos”, diz.
Walter Faria, do Grupo Petrópolis, concorda que a crise não deve ser "desculpa". “A crise é para quem não quer trabalhar. Existe uma crise política, mas nós não somos políticos, não é problema nosso, somos empresários”, afirmou.
Fonte: Época Negócios
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