Terceira edição carioca do salão cervejeiro reuniu 38 mil pessoas durante quatro dias no Píer Mauá. O grande destaque do ano foram os rótulos criativos
O Mondial de la Bière encerrou sua terceira edição no domingo, 22, com um exponencial crescimento de público, com 38 mil visitantes ao longo de quatro dias. Para os organizadores do salão, o crescimento de público e marcas em relação aos anos anteriores mostra que o Rio de Janeiro entrou definitivamente no cenário da cerveja artesanal e tem uma demanda pulsante.
O último dia foi marcado pela revelação das três cervejas mais votadas pelo público presente. Com 1.200 votos computados, as grandes vencedoras foram a Petra Stark, do Grupo Petrópolis, com medalha de bronze; a Interstellar, da Hocus Pocus, que ficou com a prata; e a bicampeã Niña, da Jeffrey, grande vencedora do ouro pelo segundo ano consecutivo.
Já o MBeer Contest elegeu os onze melhores rótulos, escolhidos por um júri de peso, com nomes brasileiros e internacionais, através de degustação às cegas. Foram dez medalhas de ouro e uma de platina.
A grande vencedora, com a medalha de platina, foi a Tupiniquim Monjolo BA Wiskey - Cervejaria Tupiniquim. As medalhas de ouro foram para as cervejas:
Smoked Porter - Stone Brewing Co.;
Tupiniquim Lost in Translation - Cervejaria Tupiniquim em colaboração com a Evil Twin Brewing;
Laguna Doro - Juan Coloto - Dry Hop Distribuidora;
Saint Bier Patada - Cervejaria Saint Bier;
Niobium - Wäls - Cerveja Arte;
Blend Tripel Montfort Chardonnay Barrel – Bodebrown;
Beatus - Cervejaria Mistura Clássica;
Dragon´s Milk - New Holland Brewing Company – USA;
Atomga Cherry – Bodebrown;
Penedon Suklaata - Penedon Brew Pub.
O júri foi composto pelos americanos Brian “Spike” Buckowski (mestre cervejeiro), Randy Mosh (consultor de criação cervejeira), os brasileiros André Soares (sommelier de cervejas), Gil Lebre (sommelier de cervejas), Gustavo Renha (sommelier de cervejas), Rodrigo Sawamura (sommelier de cervejas e chef), Ronaldo Rossi (sommelier de cervejas e chef), Luiz Caropreso (sommelier de cervejas) e a inglesa Melissa Cole (sommelier de cervejas e presidente do júri).
Palestras e bate-papos com especialistas do mercado fizeram parte da programação. Entre os que mais despertaram interesse estão a conversa com Raphael Taricano, da Nadir Figueiredo, que falou sobre “O ritual do copo e suas peculiaridades”; Daniel Lameirão, da Deli Delícia, apresentando seu sanduíche com cerveja; Melissa Cole, escritora e sommelière de cervejas, falando sobre sugestões de harmonização com rótulos participantes do Mondial; e a palestra de Leonardo Botto sobre o segredo das cervejas caseiras.
O grande destaque desta edição foram os sabores mais inusitados de cerveja. A maioria dos expositores apresentou rótulos criativos, entre eles cervejas com chocolate, carambola, maracujá, café e até mesmo ouro. Por outro lado, o público mostrou-se muito receptivo às novidades, sempre procurando as opções mais curiosas. Para os expositores, esse sucesso é prova de que os brasileiros estão cada vez mais interessados no universo da cerveja, indo muito além da tradicional “loura gelada”.
Luana Cloper, gerente de negócios da Fagga que acaba de tomar a frente do Mondial de la Bière, faz uma avaliação muito positiva do evento. “O mais importante é termos a certeza de que surpreendemos positivamente nossos visitantes e expositores. Um ponto crucial é aproximar o público de quem de fato produz, bota a mão na massa, cria receitas, experimenta, erra e acerta, pesquisa, se arrisca. Atrás de cada rótulo de cerveja existe uma pessoa. E proporcionar esse encontro gera uma relação intimista e de respeito com a bebida e seu processo de produção”.
O evento do próximo ano já está confirmado, com garantia de novidades na programação.
Fonte: Documennta Comunicação