Cerveja x Vinícolas: se não pode vencê-la, junte-se a ela

Por Maurício Roloff

O mercado de cervejas artesanais cresceu muito nos últimos anos, e não demonstra perder fôlego. A maior parte das vinícolas viu esse fenômeno como uma ameaça. Uma minoria de empresas enxergou aí uma oportunidade. O segundo time acaba de ganhar um reforço de peso, com o lançamento da Cervejaria Leopoldina, do Grupo Famiglia Valduga.

Movimento iniciado com a Perini, de Farroupilha, a onda de vinícolas cervejeiras mostra que as duas bebidas não precisam ser concorrentes, mas complementares nos catálogos das cantinas – assim como muitas já trabalham destilados há anos. No caso da Valduga, serão inicialmente cinco rótulos, um de cada escola: belga, tcheca, americana, inglesa e alemã.

Faz parte da cultura cervejeira a mistura de fórmulas e ingredientes. A coisa vai ficar realmente interessante quando essas empresas começarem a combinar as duas bebidas – cervejas com passagem por barricas que já abrigaram vinhos, por exemplo. Mas até lá, a diversificação e a inovação na vinicultura brasileira já está de bom tamanho.

Fonte: Enoblog