Ninkasi, a Deusa da Cerveja

Ninkasi é a antiga deusa sumeriana da cerveja, que transformou uma mistura de água e cevada em um líquido dourado, conhecido hoje como cerveja.

Era uma deusa muito popular que fornecia cerveja aos deuses. Ela era considerada a própria personificação da cerveja.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Mercado das cervejas artesanais cresce com oportunidades de negócio para quem quer fazer sua própria bebida

Especialistas afirmam que há espaço para marcas com bons produtos, cada vez mais procurados pelo consumidor


O sommelier de cervejas Victor Zim, da cervejaria Itajahy — que já venceu premiações internacionais pela qualidadeFoto: Marcos Porto / Agencia RBS

A história de Alexandre dos Santos, 25, com a produção de cervejas começou como a de muitos outros apaixonados pela bebida. Gostava de beber com os amigos em bares ou churrascos, mas não prestava muita atenção no que tomava. Com o tempo, descobriu os primeiros rótulos de artesanais produzidas na região e a curiosidade nasceu.

O interesse em provar os novos sabores levou ao desejo de produzir e assim a história de Santos mudou de rumo: ele largou o emprego como web designer para se dedicar à vida de cervejeiro.

O blumenauense buscou cursos, informações na internet e começou a fazer em casa sua própria cerveja, prevista para ser lançada oficialmente neste ano. O caso de Santos retrata um mercado em expansão no Brasil e que encontra em Santa Catarina um dos seus pontos mais fortes no país.

Maior a cada ano, o Festival Brasileiro da Cerveja mostra que as bebidas artesanais caíram no gosto brasileiro e que fazer a própria bebida pode ser muito mais que um hobby. É o que demonstra Alexandre Mello, um dos sócios da cervejaria Itajahy, catarinense que há menos de dois anos investindo no mercado já venceu premiações internacionais pela qualidade: 

— Em 2013 assumi a cervejaria ao lado de um sócio, criamos a marca Itajahy a partir de um hobby e sonho que tínhamos. Eu comecei a fazer cerveja em casa, nas panelas, hoje já dedico 100% do meu tempo à cervejaria. Temos quatro funcionários e uma produção de até 12 mil litros por mês.

Artesanais representam 1,5% do total de vendas de cerveja

Para ele, o mercado tem crescido muito e há espaço para marcas com bons produtos, cada vez mais procurados pelo consumidor. 

— A gastronomia está em alta, é fácil perceber que o público está cada vez mais interessado em novos sabores. A perspectiva para o mercado é muito interessante —afirma Charles Ristow, cervejeiro da Belgard, marca blumenauense que lançou a primeira cerveja nesta edição do Festival Brasileiro e já conquistou uma medalha de ouro.

Segundo o diretor da Escola Superior de Cerveja e Malte, Carlo Enrico Bressiani, o mercado da cerveja artesanal cresceu 20% no Brasil em 2014, mas mesmo assim ainda ocupa apenas 1,5% do total de vendas de cerveja no país. Nos Estados Unidos, por exemplo, 20% das vendas da bebida são de artesanais. Há margem para crescimento, mas o especialista ressalta que é preciso ter um projeto viável e não deixar o sonho tomar conta, pois os investimentos são altos. 

— O mercado ainda é jovem no Brasil, poucos anos atrás não encontrávamos tanta variedade de rótulos nacionais à venda. Ainda tem espaço para crescer muito e o mercado tem a capacidade de absorver a produção. As microcervejarias também estão unidas, não competindo umas com as outras, mas trabalhando para fortalecer o mercado em geral — aponta Mello.

Fonte: Jornal de Santa Catarina

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