A indústria de alimentos e bebidas, assim como outros negócios, têm passado por inúmeras transformações, principalmente depois da pandemia de COVID-19, em que as empresas tiveram que se reinventar para continuar operando e manter a taxa de crescimento do setor.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), a indústria apontou um aumento de 16,9% no faturamento e 1,3% na produção em 2021, em comparação com o ano anterior. Já em números absolutos, o setor de alimentos registrou R$ 766,3 bilhões de faturamento e de bebidas, R$ 156,3 bilhões, totalizando R$ 922,6 bilhões. Para 2022, somente o setor de alimentação deve crescer 2% nas vendas reais.
Esses números se devem muito à capacidade da indústria de produzir e ofertar cada vez mais insumos para o mercado como um todo. Portanto, o uso de inovações tecnológicas é fundamental pois, por meio dessas, é possível automatizar e otimizar processos. Com isso, é possível trazer ganhos mensuráveis para todo o setor, como é o caso dos robôs colaborativos, os chamados cobots, que estão sendo cada vez mais utilizados por diferentes nichos de atuação e proporcionando resultados positivos.
Isso porque são adotados em toda a cadeia de abastecimento de alimentos e bebidas em uma ampla variedade de processos secundários, desde o infeed/alimentação de linha, até o empacotamento e paletização. Estes podem ser trabalhados em condições que vão de estufas úmidas a salas refrigeradas, cuidando dos fornos quentes, evitando assim que os funcionários façam tarefas repetidas e estejam sujeitos a ferimentos em ambientes desfavoráveis. É importante destacar que podem trabalhar em câmaras frias e quentes, desde que tenham uma capa protetora adequada.
Neste cenário, os cobots são muito usados durante datas sazonais ou períodos em que a demanda é muito alta, já que podem trabalhar sem interrupções, trazendo mais produtividade. Também resolvem problemas de ergonomia e é possível obter uma automação flexível, ou seja, profissionais podem usá-los em vários postos de trabalho, inclusive de forma portátil.
Outro fator fundamental é com relação a flexibilidade. A programação fácil dos cobots permite que os produtores de embalagens por exemplo, se adaptem rapidamente aos novos produtos e requisitos de entrega. Os braços do robô colaborativo podem ser reprogramados e reutilizados, contribuindo com o empoderamento humano em relação à tecnologia. O próprio profissional pode fazer alterações nas inovações de maneira prática.
Portanto, a partir dessas vantagens podemos considerar a aplicabilidade dos robôs colaborativos no processo de empacotamento e paletização, alimentação de máquinas e inspeção de qualidade.
Assim, concluo que cada vez mais a indústria de alimentos e bebidas tem se modernizado e adotado inovação em processos e com isso, a expectativa é que esse setor avance cada vez mais e que o uso dos cobots seja responsável pelos resultados alcançados nos próximos anos, já que está diretamente relacionado à produtividade, redução de custos, aumento da margem de lucro e melhor previsibilidade.
*Bruno Zabeu é Gerente de Desenvolvimento de Negócios da Universal Robots na América do Sul, empresa dinamarquesa líder na produção de braços robóticos industriais colaborativos.
Fonte: PIAR Group
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