Ninkasi, a Deusa da Cerveja

Ninkasi é a antiga deusa sumeriana da cerveja, que transformou uma mistura de água e cevada em um líquido dourado, conhecido hoje como cerveja.

Era uma deusa muito popular que fornecia cerveja aos deuses. Ela era considerada a própria personificação da cerveja.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Samba e cerveja, um casamento centenário

Cerveja tem ligação antiga com o ritmo que comemora 100 anos em 2016

Numa roda de samba pode até faltar um músico, pode não ter tamborim ou cuíca. Não precisa nem ter microfone. Mas a cerveja está sempre lá. A bebida mais consumida pelos brasileiros tem uma história íntima com o ritmo musical que completa 100 anos em 2016. É um casamento antigo: onde tem samba, tem cerveja.

Quer ver como essa relação é antiga? A música considerada o primeiro samba da história é Pelo Telephone, escrita por Donga em 1916 e gravada um ano depois. E em 1917 já há registros de letras falando de cerveja, como Samba carnavalesco, uma das muitas variações do primeiro samba:

O chefe da folia/
Pelo Telephone/
Mandou-me dizer/
Que há em toda parte/
Cerveja Fidalga/
P’ra gente beber!

Fidalga era uma marca de cerveja que foi produzida até a década de 1970. Depois dela, centenas de músicas tratam da bebida.

“A cerveja e o samba sempre tiveram uma relação muito intensa. Noel Rosa, um dos nossos maiores sambistas, sempre gostou e falou muito de cerveja”, diz o pesquisador e escritor Diogo Cunha, especialista no ritmo centenário.

Além de estar nos versos, no meio do samba a cerveja faz parte do cenário, da mão de músicos consagrados aos que tocam em botequins das periferias. Sempre tem espaço para um gole entre um refrão e outro. “É uma bebida que une, comemorativa. E o samba é comemoração, é amizade, é brinde”, diz Gabriel Cavalcante, 29 anos, músico e um dos criadores do Samba do Ouvidor, uma das rodas mais conhecidas do Rio de Janeiro. No grupo, geralmente composto por 12 músicos, há até uma brincadeira: a festa só começa depois que o público pegar a primeira gelada.

“Tem também a praticidade, você pode pegar uma latinha e ficar curtindo a música. E o clima do Rio de Janeiro é propício para uma cervejinha gelada”, lembra Gabriel, que além de cantor profissional roda o mundo participando de eventos de culinária e bebida. E, claro, tomando cerveja.

Cerveja é, sem dúvida, a bebida mais consumida nas rodas de samba pelo Brasil

Rogério Família, 39 anos, toca banjo e cavaquinho todas as segundas-feiras na Pedra do Sal, também no Rio. A roda tornou-se um dos clássicos da Cidade Maravilhosa, está em guias turísticos e atrai semanalmente uma legião de estrangeiros. Ele nem consegue imaginar uma junção de sambistas sem uma gelada. “É a bebida do brasileiro, é sagrada. Não existe samba sem cerveja, acho que é impossível”, sentencia o músico que também é sargento da Aeronáutica.

100 anos de samba

Brasil afora, as rodas estão comemorando os 100 anos de samba, completados em 2016. Mas desde o ano passado esse aniversário já é tema de festas. No Rio de Janeiro, em novembro, 10 das rodas mais conhecidas tocaram no mesmo dia em 10 pontos diferentes e arrastaram milhares de pessoas, evento chamado de Batuque da Boa, promovido pela Antártica. A marca também lançou garrafas comemorativas com trechos de canções clássicas como A voz do morro, de Zé Keti, Com que roupa?, de Noel Rosa e Samba da minha terra, de Dorival Caymmi.

Fonte: Somos Todos Cervejeiros

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