Ninkasi, a Deusa da Cerveja

Ninkasi é a antiga deusa sumeriana da cerveja, que transformou uma mistura de água e cevada em um líquido dourado, conhecido hoje como cerveja.

Era uma deusa muito popular que fornecia cerveja aos deuses. Ela era considerada a própria personificação da cerveja.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

O eixo cervejeiro de Perdizes

Não é só Pinheiros que tem eixo cervejeiro. Há um belo roteiro, cada vez mais rico, se desenhando em Perdizes – entre as Avenidas Sumaré e Pompeia. Inaugurações recentes reforçam a vocação da região


Nesta semana, foi inaugurada a primeira loja em São Paulo da rede Mestre Cervejeiro, que vende cervejas especiais e foi criada em Curitiba. Em dezembro, foi aberta a Cervejaria Ideal, com 12 torneiras de chope e uma nanocervejaria onde você pode brassar sua cerveja. Em agosto, foi inaugurada na região a sede da Acerva Paulista, a associação dos cervejeiros artesanais de São Paulo. Lá na casinha da Rua Cajaíba acontecem cursos e encontros semanais de cervejeiros. Somam-se a esses novos endereços a Capitão Barley, misto de loja e bar com mesas na calçada, que completou um ano em novembro, e a Sinnatrah, veterana cervejaria-escola, que mudou sua sede para a Avenida Pompeia também no ano passado, em abril – antes ela ficava do lado de lá da avenida, no bairro da Pompeia.

A particularidade desse eixo é que ele está composto não só por lugares em que se bebe cerveja, mas também de locais em que se pode fazer cerveja. Ele convida a uma imersão no assunto. Você pode aprender na Sinnatrah e depois ir brassar na sede da Acerva e na Ideal – ambas têm equipamentos completos para que o bebedor se transforme em produtor.

Sinnatrah
Três mil pessoas já passaram pelas salas de aula da Sinnatrah. A cervejaria-escola fundada em 2008 é um polo de difusão da cultura cervejeira. Criada por dois doutores em biologia – Alexandre Sigolo (que hoje, além de ser professor da Sinnatrah é mestre-cervejeiro da Burgman) e Rodrigo Louro (que é professor da Sinnatrah e sommelier) –, ela deve seu nome a um gato que chamava Frank Sinatra.
O carro-chefe é o curso básico de produção de cerveja – dura sete horas, custa R$ 350 e a próxima turma é neste sábado. Mas a programação é democrática. Foi lançada ontem, inclusive, uma nova família de cursos para quem quer aprender sobre o assunto, mas não tem vontade de ir para as panelas. Com seis módulos, é formado por básico de degustação e cinco blocos de países: Alemanha, Bélgica, Estados Unidos, Inglaterra e Brasil. Cada um custa R$ 150 e dura três horas. Já para quem quer ir a fundo na arte da brassagem, há cursos específicos, como o de técnicas de carbonatação de cerveja feita em casa. Além de funcionar como escola, a Sinnatrah é também loja: vende cervejas especiais, kit para fazer cerveja em casa e os insumos necessários (malte, lúpulo, fermento, etc.).

SERVIÇO | Sinnatrah
Onde: Av. Pompeia, 2.301
Tel.: 3862-5421
Quando: 12h/20h (sáb., 9h/17h, fecha dom.)

Mestre Cervejeiro
Inaugurada na semana passada em um sobrado de esquina, é a primeira loja na cidade de São Paulo da rede de origem curitibana. A Mestre Cervejeiro foi criada por Daniel Wolff, sommelier de cerveja, e tem hoje 12 lojas espalhadas pelo Brasil, em diversos Estados. A loja tem em torno de cem rótulos. O plano é que o segundo andar da casa abrigue programação de cursos e palestras.

SERVIÇO | Mestre Cervejeiro
Onde: R. Vanderlei, 1.595
Tel.: 3871-3911
Quando: 13h/22h (sáb. 10h/22h, fecha dom.)

Cervejaria Ideal


Prove o catchup. O foco da Cervejaria Ideal é, óbvio, a cerveja, mas o catchup da casa é fora de série e acompanha hambúrgueres e batatas. FOTOS: Evelson de Freitas/Estadão


Steffen Ohnemuller era jornalista esportivo. Daniela Ohnemuller, engenheira química. Desde o fim do ano passado, são os anfitriões da Cervejaria Ideal. Eles descolaram uma casa legal e montaram o bar com 12 torneiras de chope e uma nanocervejaria. Na carta, a proposta é ter sempre uma cerveja “de entrada”, uma pilsen ou uma weiss, por exemplo, a R$ 8 (270 ml). A carta segue com mais dois ou três rótulos nessa faixa de preço. Depois vêm os intermediários, a R$ 11 ou R$ 12. E, por fim, um mais caro, que pode ser importado. Para comer, Steffen, alemão, montou uma ala de batatas, que vêm à mesa escoltadas pelo belo catchup feito na casa. Aliás, o casal é do tipo faça-você-mesmo. Da cerveja – a nanocervejaria, comandada por Vitor Ribeiro, faz, além das cervejas dos clientes, o rótulo da casa – às estantes de caixote de feira e ao porta-rolo de papel higiênico, um genial improviso feito a partir de um pedal velho de bicicleta, eles fazem tudo que é possível fazer. Aos sábados, o almoço pode ser um churrasco no quintal, onde ficam sofás e pufes, ideais para dias quentes.

SERVIÇO | Cervejaria Ideal
Onde: R. Min. Ferreira Alves, 203
Tel.: 3578-7534
Quando: 18h/1h (sáb. 12h/1h, fecha dom.)

Capitão Barley


Piratas. Amilcar e Pablo, da Capitão Barley. FOTO: JF Diório/Estadão


A loja é um corredor. De um lado, estantes. Do outro, geladeiras e as chopeiras. No fundo, o caixa. E na frente, o maior agito. A Capitão Barley tem seis torneiras de chope, um punhado de mesas na calçada e uma banquinha de comida convidada todo dia. Os sócios, Amilcar Parada e Pablo César, decidiram abrir a loja ali depois de perceber que faltava alguma coisa assim na região. Acertaram na mosca: a loja é a queridinha do bairro e lota de terça a domingo. Tem sempre um chope bom com preço amigo – hoje, por exemplo, está engatada a deliciosa Dama American Lager, a R$ 7 (300ml ou R$ 10, 500 ml – é cerveja boa a preço de chope convencional). Outra boa pedida é a Maresia, session APA feita para o aniversário da loja (R$ 14 a garrafinha de 310 ml. O último barril vai ser engatado neste sábado)

SERVIÇO | Capitão Barley
Onde: R. Cayowaá, 358
Tel.: 3569-3560
Quando: 12h/0h (dom, 12h/20h; fecha seg.)

Acerva Paulista

A sede da Associação dos Cervejeiros Artesanais de São Paulo, a Acerva Paulista, ficava em Campinas até agosto do ano passado, quando se mudou para uma simpática casinha na Rua Cajaíba. Toda semana acontece ali um happy hour em que os cervejeiros levam sua produção para compartilhar e falar sobre, claro, cerveja. “É bem informal, a gente pede alguma coisa para comer e fica falando de cerveja e provando as cervejas feitas pelos sócios”, diz Marcos Caio Vicentim, presidente da associação que reúne 300 cervejeiros caseiros. A cada 15 dias há uma palestra ou bate-papo. A casa recebe ainda cursos, quase todos abertos para todo mundo. O próximo, no fim do mês, vai ensinar a fazer hidromel – fermentado de água e mel favorito dos hobbits. Para associados, a sede também serve como cozinha de brassagem. É só agendar para usar o kit de cerveja caseira que tem lá. A cozinha de brassagem, com equipamento novo, está em reforma, mas deve abrir logo mais.

SERVIÇO | Acerva Paulista
Onde: R. Cajaíba, 539

Fonte: Estadão

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Ninkasi Beer Club