Para o especialista em negócios gastronômicos, Marcelo Politi, entender a importância da fotografia no marketing de alimentos é o primeiro passo para aproximar os pratos dos olhares e paladares dos clientes. As fotos de comidas seduzem os olhos, aguçam o paladar e despertam o desejo. “Comer começa com os olhos, e uma fotografia bem tirada tem o poder de transformar o interesse em ação – seja ela uma reserva, uma visita ao estabelecimento ou um clique no botão de compra em um aplicativo de delivery”, explica Politi, que auxilia mais de 3.000 empresários do setor de gastronomia por meio de sua plataforma – a Politi Academy. “Além de causar um impacto visual, a fotografia no marketing de alimentos conta a história da marca, reforça a identidade, e transmite valores e qualidade”, completa o empresário.
Politi listou oito dicas para ajudar na hora de fazer as fotos de comidas:
1) Iluminação e Composição
A iluminação não é apenas um detalhe, é a essência que vai realçar as texturas e cores dos alimentos, conferindo a eles uma aparência fresca e apetitosa. A luz natural geralmente é uma boa aliada, dando vida aos pratos com um toque suave e sombras delicadas. Contudo, quando a luz natural não está disponível, pode-se utilizar técnicas com luz artificial para simular uma beleza natural e criar a atmosfera perfeita.
A composição é sobre como os elementos são organizados na cena. Há uma beleza no equilíbrio e na simplicidade, que orienta o olhar do observador e destaca o herói da história: o prato. Com um jogo harmonioso entre espaço negativo, linhas guias e pontos focais, a composição torna-se um mapa visual, guiando os olhos por uma jornada de descoberta sensorial.
2) Edição de Fotos
Editar fotos é como temperar um prato: requer sensibilidade e precisão. O equilíbrio de cores, contraste e nitidez deve ser meticulosamente ajustado para fazer com que o prato salte aos olhos do espectador. O objetivo é realçar os pontos fortes, sem distorcer a essência do que o prato representa. Neste contexto, menos é mais, e o natural sempre prevalece.
É essencial trabalhar com ferramentas de edição que permitam ajustes refinados. A luminosidade deve realçar o frescor e a vivacidade dos ingredientes; a saturação, conduzir com sutileza para manter a naturalidade; e a nitidez precisa ressaltar as texturas tentadoras de cada preparo. É preciso ter cuidado com a sobrecarga de filtros. Assim como um excesso de sal pode estragar uma receita, o abuso de efeitos pode prejudicar a autenticidade da imagem.
A edição da foto é também uma oportunidade de enriquecer o storytelling do prato. Detalhes como vapor saindo de uma sopa quente ou gotículas refrescantes em um copo de bebida gelada podem ser destacados para desencadear uma reação visceral para quem vê a imagem.
3) Estratégias de Distribuição
Exibir fotos de comida é tão crítico quanto a qualidade das imagens produzidas. Pensando em resultados rápidos e práticos, é vital que cada imagem seja carregada com estratégia, pensada para gerar engajamento e, claro, facilitar a tarefa de ser encontrada pelo seu potencial cliente. Instagram, Facebook e Pinterest possuem plataformas visuais, tornando-se canais ideais para exibir fotos de comida e engajar seguidores. Por meio de postagens atrativas e com uso inteligente de hashtags, pode-se otimizar a visibilidade dos pratos, atraindo olhares e, consequentemente, clientes.
Aliado às redes sociais, o site representa mais um espaço primordial para a apresentação das fotos de comida. Investir em uma galeria apetitosa de imagens e integrá-las ao SEO do site é garantir que os motores de busca trabalhem a favor da visibilidade. Mas as imagens devem ser leves para não prejudicar a velocidade de carregamento do site, um fator vital para a experiência do usuário e para a otimização dos mecanismos de busca.
Outra estratégia é a criação de um blog, com conteúdos como receitas, curiosidades sobre os pratos e ingredientes podem ser acompanhados de fotos excepcionais, fazendo com que a audiência não apenas veja as imagens, mas também interaja com o conteúdo e crie uma ligação mais profunda com a marca. Um blog otimizado, recheado de palavras-chave e backlinks de qualidade, torna-se uma ferramenta de SEO imprescindível.
Além disso, para capturar a atenção dos clientes que procuram comodidade de pedir refeições online, é crucial marcar presença em aplicativos de delivery. As fotos devem ser envolventes e refletir com precisão aquilo que o cliente receberá. E, por fim, não se esquecer de e-mails e newsletters, pois são ferramentas personalizáveis que levam diretamente ao cliente fotos de novos pratos, ofertas especiais e atualizações.
4) Fortalecer a marca
Um conteúdo visual de qualidade é o combustível que impulsiona vendas, fideliza clientes e diferencia a marca no mercado altamente competitivo da gastronomia. Além da qualidade técnica de uma foto, ela pode transmitir uma história, uma experiência, ou até uma promessa de prazer ao saborear uma comida. Também mostram um estilo de vida que ressoa com o que um cliente deseja. É nesse ponto que o visual não apenas complementa, mas também amplifica a mensagem de uma marca. Estratégias visuais coerentes e bem planejadas criam uma identidade visual que os clientes reconhecem e confiam.
Além disso, envolva seu público com behind the scenes, mostre a arte da culinária em ação, humanize sua marca com o sorriso de quem prepara a comida, com as mãos que a moldam. Isso cria uma conexão emocional e fideliza clientes.
5) Melhor lente para fotografar comidas
A escolha da lente depende do efeito desejado, mas as mais usadas pelos fotógrafos são as lentes macro para capturar detalhes e texturas dos alimentos. Uma lente 50mm ou 100mm pode ser uma boa escolha, oferecendo uma perspectiva natural e a possibilidade de trabalhar com uma boa profundidade de campo para destacar o prato.
6) Como escolher o fundo para uma foto de comida?
Selecionar o fundo certo é essencial para realçar o prato sem distrair. Prefira fundos de cores neutras e texturas simples. Materiais como madeira, pedra ou tecidos lisos funcionam bem. Lembre-se que o propósito é complementar a comida, não competir com ela.
7) Devo usar flash na fotografia gastronômica?
Embora o flash possa ser usado com habilidade por profissionais, a luz natural é geralmente favorável para fotos de comida, pois cria sombras suaves e revela as cores verdadeiras dos alimentos. Se tiver que usar iluminação artificial, opte por lâmpadas de LED com temperatura de cor ajustável.
8) Como usar o storytelling na fotografia de alimentos?
O storytelling na fotografia de alimentos envolve criar uma narrativa visual em torno do prato. Pense no contexto: talvez uma cena de piquenique para uma salada leve ou uma mesa elegante para um prato mais sofisticado. Utilize elementos como talheres e ingredientes para adicionar profundidade à história do seu prato.
Sobre Marcelo Politi - formado em hotelaria e gastronomia pela Ecole des Roches (Association Suisse d’Hôtellerie), na Suiça e pós-graduado em Gestão de Negócios pelo IBMEC. Aos 29 anos, foi o primeiro executivo contratado como diretor de Marketing pela rede de hotéis francesa Sofitel no Brasil. Foi responsável pela implantação e gestão das operações do Hard Rock Café no Brasil e gerenciou mais de 500 funcionários. O empresário é fundador da Politi Academy, uma empresa focada em trazer lucro, controle e crescimento para donos de negócios de alimentação, por meio de cursos de gestão, administração, marketing, planejamento, treinamento de equipe, entre outros que envolvam um negócio que tenha comida como serviço. O mentor atende mais de 3.000 empresários do setor gastronômico.
Sobre o Acelera Food Nation – Comandado por Marcelo Politi é um dos maiores encontros dos profissionais do mercado de food service, focado na aceleração de negócios do setor. Em 2024 o Acelera #Food Nation realizará sua terceira edição. Entre os confirmados, estão os palestrantes: Diego Barreto - vice-presidente de Finanças e Estratégia do iFood; Eduardo Ourivio – fundador do Grupo Trigo, que tem em seu portfólio as marcas Spoleto, Koni, LeBonTon, Gurumê e Room Service; João Kleper – escritor, anjo-investidor, conferencista apresentador de TV e premiado como Top #1 em Economia e Negócios pelo prêmio IBest. Também estarão presentes Josimar Melo - crítico de gastronomia da Folha de São Paulo, apresentador e curador do canal Sabor e Arte e presidente do júri da seção sul-americana que seleciona os 50 melhores restaurantes do mundo (World 50 best); e Pierre Berestein, vice-Presidente Global - Chief Customer Officer da Bloomin’ Brands, empresa responsável por marcas como Outback e Abbraccio. O público estimado é de 800 empresários do setor.
Fonte: visar
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por comentar!
Cheers!
Ninkasi Beer Club