Ninkasi, a Deusa da Cerveja

Ninkasi é a antiga deusa sumeriana da cerveja, que transformou uma mistura de água e cevada em um líquido dourado, conhecido hoje como cerveja.

Era uma deusa muito popular que fornecia cerveja aos deuses. Ela era considerada a própria personificação da cerveja.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Descubra os melhores vinhos para harmonizar com os doces de Páscoa


Os ovos de Páscoa têm significado de renascimento e renovação, o que se encaixa com a comemoração da ressurreição de Jesus Cristo.

Por mais que o consumo de ovos de galinha durante a Páscoa tenha sido proibido pela Igreja Católica na Idade Média durante um tempo, alguns povos europeus passaram a decorá-los no século XVII como parte da celebração.

Na mesma época, o chocolate chegou pela primeira vez na Grã-Bretanha na forma de uma bebida condimentada, que logo caiu nas graças dos britânicos. Não foi difícil relacionar o novo produto à Páscoa, mas as práticas de jejum da época não permitiam laticínios durante a quaresma por motivos religiosos. Após longos debates, o chocolate preparado com água foi liberado.

Em 1846, a empresa Fry’s (hoje Cadbury) produziu a primeira barra, tornando o produto um pouco mais acessível, mas ainda relativamente restrito. Trinta anos depois, desenvolveu o ovo de Páscoa como um artigo de luxo para presentear.

Como o chocolate ainda era algo caro e o ovo foi divulgado como uma iguaria, muitas pessoas presenteadas nem chegavam a comê-lo. O Museu de Torquay, na Inglaterra, hoje exibe um ovo intacto de 1924. 

Atualmente, os ovos são encontrados em qualquer supermercado e fazem muito sucesso com públicos de todos os tipos. Outros doces também têm destaque na Páscoa, como a colomba pascal – supostamente apaziguadora de uma guerra durante o governo italiano do Rei Lombardo Alboino, em algum momento entre 560 e 572 d.C. –, bombons, trufas e outras receitas de chocolate.

A experiência de saborear o chocolate, no entanto, pode ser ainda melhor junto com os vinhos. Ao contrário do que muitos possam pensar, a harmonização não é limitada a apenas pratos salgados, e faz com que o momento da sobremesa seja mais saboroso do que já é.


Harmonização de vinhos e doces de Páscoa

A harmonização consiste em escolher o vinho certo para combinar com o alimento. Além da combinação de elementos, é preciso que um complemente o outro. Isso potencializa toda a experiência em questões de sabor, aroma e textura.


Para saber como harmonizar vinhos com doces, é preciso considerar alguns fatores importantes:

Tipo de sobremesa: sobremesas mais pesadas (geralmente com gemas, creme de leite e leite condensado) combinam com vinhos encorpados e intensos, enquanto as receitas leves e refrescantes ficam melhores com rótulos que tenham as mesmas características

Doçura: como a doçura do vinho deve ser igual ou maior que à doçura da sobremesa, é preciso prestar atenção nesse aspecto, já que o açúcar pode enfraquecer as papilas gustativas e afetar a capacidade de apreciação da bebida e do prato

Componentes semelhantes: ingredientes em comum ou semelhantes ajudam a equilibrar os sabores; indica-se selecionar um vinho frutado para sobremesas com frutas, por exemplo

Gordura: sobremesas pesadas podem ser harmonizadas com vinhos mais encorpados porque a gordura ajuda a neutralizar o amargor, fazendo com que a bebida seja mais agradável de degustar


Tipos de chocolate

Por mais que seja possível encontrar inúmeras versões diferentes de ovos de Páscoa, é claro que o ingrediente em comum entre todos eles é o chocolate.

Mesmo assim, a harmonização de chocolate ao leite, amargo, meio amargo e branco têm distinções bastante significativas.


Chocolate ao leite

O mais popular, o chocolate ao leite é tradicionalmente composto por 37% de cacau, leite e açúcar. Assim, o produto é mais doce, cremoso e gorduroso.

Na categoria de tintos, recomenda-se vinhos leves, frutados e com menos álcool, como é o caso do Merlot, que complementa o sabor do chocolate sem sobrecarregar o paladar.

O Pinot Gris e o Chardonnay são vinhos brancos que se equilibram muito bem com o chocolate, enquanto o Moscatel é uma das principais opções de espumante.


Sugestões de vinhos:

Caliterra Merlot Reserva

Alamos Chardonnay

Espumante Mumm Moscatel

Chocolate amargo


O chocolate amargo leva entre 70% e 100% de cacau. Por isso, é bem marcante e quase sem nenhuma doçura.

Os taninos se complementam com harmonizações de vinhos secos, como é o caso dos tintos Syrah, Cabernet Sauvignon, Malbec ou Tannat.

Um vinho doce, por sua vez, se contrapõe ao amargor e suaviza a experiência – e deve ser servido gelado para que o sabor seja aprimorado na medida certa.


Sugestões de vinhos:

Amayna Syrah

Amalaya Malbec

Chateau Les Arroucats Cuvée Virginie

Chocolate meio amargo

O meio amargo tem 50% de cacau unido a açúcar e manteiga de cacau. Não é tão doce e gorduroso quanto o chocolate ao leite, mas também não tem a mesma intensidade do amargo.

Os vinhos tintos mais jovens e frutados caem muito bem com esse chocolate porque a acidez equilibrada acompanha suas características.

O vinho do Porto, com mais açúcar e álcool na composição, também casa muito bem.


Sugestões de vinhos:

Ventisquero Grey Syrah

Yellow Tail Shiraz

Porto Ramos Pinto Ruby

Chocolate branco

Por conter açúcar e manteiga de cacau no lugar do cacau puro, o chocolate branco é o mais doce de todos.

Especialistas de enologia afirmam que os vinhos que passam por fermentação malolática (transformação de ácidos málicos presentes na uva em ácidos lácteos pela ação de bactérias lácteas) são os mais recomendados para harmonizar com o chocolate branco porque a acidez é melhor e equilibrada.

Outros tipos de vinho também merecem atenção, como Trebbiano e espumante Moscatel, cuja textura frisante contrasta com a bebida.


Sugestões de vinho:

Santa Cristina Vin Santo

Floralis Moscatel Torres

Salton Moscatel

Atenção a gostos pessoais

A harmonização de vinhos com doces de Páscoa apresenta um vasto universo de possibilidades que pode (e deve!) ser explorado.

É importante notar, no entanto, que mesmo que as regras de harmonização sejam relevantes, a prática é subjetiva. Vale dar atenção às dicas, mas também é fundamental respeitar os próprios gostos pessoais e consumir apenas o que for prazeroso para cada um.

Isso contribui para que a experiência seja agradável e inesquecível, além de “ensinar” o paladar para futuras harmonizações.


Fonte: Hedgehog Digital

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